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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Por que riram da cara do Sam em Game of Thrones?

Bem, mais uma série excelente terminou, foi muito bom passar esses anos seguindo essa série acompanhados suas as tramas políticas, filosofia, criticas direcionadas à religião, escravidão e etc. tudo banhado à muito sangue, putaria. É claro que essa última temporada foi péssima em comparação as outras, seu o último episódio acabou sendo ótima como término de temporada, mas péssima como finalização de uma saga, mas mesmo assim teve algumas cenas brilhantes.

Uma delas foi a discussão entre os lordes de como seria feita a escolha do novo Rei dos 7 reinos. Então o claramente o beta do Sam (gordo, nerd, sem traquejo social que assumiu porra alheia) sugere que em vez de somente os monarcas votarem, todo o povo vote.

A cena é a seguinte:



Se você ainda não entendeu porque todos os personagens riram da cara dele e porque a democracia é uma péssima forma de governo, vai aí parte da explicação retirada do livro: Democracia, o deus que falhou.

Ele é bem fácil de ler, rápido e inteligível. Se mesmo assim estiver com preguiça de ler todo esse textão, vá ao final do post. Tem um vídeo explicando de forma engraçada e bem sucinta o texto.

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...Em síntese: o governo monárquico é reconstruído teoricamente como um governo de propriedade privada (particular), o qual, por sua vez, é explicado como a promoção, por parte do governante, de uma visão de longo prazo (orientada para o futuro) e de uma preocupação para com o valor do capital e o cálculo econômico.1

O governo democrático é reconstruído como um governo de propriedade pública, o qual é explicado como a adoção de uma visão de curto prazo (orientada para o presente), ocorrendo, assim, o desprezo ou a negligência do valor do capital por parte dos governantes; e a transição da monarquia para a democracia é interpretada de acordo com o declínio civilizatório.

Imaginem um governo mundial, eleito democraticamente de acordo com o princípio “um homem, um voto” em uma escala global. Qual seria o provável resultado dessa eleição? Provavelmente, formar-se-ia um governo composto por uma coalizão chinesa e indiana. E o que esse governo mais provavelmente decidiria realizar de modo a satisfazer os seus eleitores e, assim, ser reeleito? Esse governo provavelmente perceberia que o chamado mundo ocidental é muito rico e que o resto do mundo, em especial a China e a Índia, é muito pobre, entendendo que seria necessária uma redistribuição sistemática de riqueza e de renda. 1 Ou imaginem que, em seu próprio país, o direito de voto foi ampliado para as crianças a partir dos sete anos de idade. Embora o governo, provavelmente, não fosse composto por crianças, as suas políticas certamente refletiriam as “preocupações e demandas legítimas” das crianças de terem um acesso “adequado” e “igual” a vídeos, batatas fritas e limonada “grátis”. 2

O princípio “um homem, um voto”, combinado com a “livre entrada” no governo democrático, implica que todas as pessoas (assim como os seus bens pessoais) ficam à mercê de serem pilhadas por todas as outras. Uma “tragédia dos comuns” se estabelece. 4 Pode-se esperar que as maiorias de “pobres” (“não possuidores”) incansavelmente tentará enriquecer à custa das minorias de “ricos” (“possuidores”). Isso não significa dizer que haverá apenas uma classe de pobres e uma classe de ricos e que a redistribuição ocorrerá de maneira uniforme dos ricos para os pobres. Pelo contrário. Ao passo que a redistribuição dos ricos para os pobres sempre desempenhará um papel de destaque, seria um despropósito sociológico supor que esta será a única ou até mesmo a forma predominante de redistribuição. 5 Afinal de contas, os “permanentemente” ricos e os “permanentemente” pobres normalmente são ricos ou pobres em decorrência de um determinado motivo. Os ricos, caracteristicamente, são indivíduos inteligentes e trabalhadores, e os pobres, normalmente, são indivíduos estúpidos ou preguiçosos (ou ambos).6 Não é muito provável que os tolos, mesmo compondo a maioria, praticarão sistematicamente expedientes astuciosos e enriquecerão à custa de uma minoria de indivíduos brilhantes e cheios de energia. Ao invés disso, a maior parte da redistribuição será realizada dentro do grupo dos “não pobres”, e muitas vezes aqueles que se encontram em melhor situação realmente obterão sucesso em serem subsidiados por aqueles que se encontram em pior situação. Considere-se, por exemplo, a prática quase universal da oferta de ensino universitário “gratuito”, na qual a classe operária, cujos filhos raramente frequentam universidades, custeia através dos impostos a educação dos filhos da classe média! 7 Além disso, pode-se esperar que haverá muitos grupos e muitas coalizões concorrentes tentando obter vantagens à custa dos outros. Existirão vários critérios facilmente alteráveis definindo o que torna uma pessoa “rica” ou “possuidora” (merecedora de ser saqueada) e outra pessoa “pobre” ou “não possuidora” (merecedora de receber o saque). Ao mesmo tempo, os indivíduos se tornarão membros de uma multiplicidade de grupos de “ricos” e/ou de “pobres”, sofrendo perdas em razão de algumas das suas características e obtendo ganhos em razão de outras das suas características, com alguns indivíduos sendo os perdedores líquidos e outros indivíduos sendo os ganhadores líquidos da redistribuição.

[...]Toda redistribuição, independentemente do critério em que se baseia, envolve “tomar” algo dos proprietários originais e/ou dos produtores (os “possuidores”) e “entregar” esse bem para os não proprietários e os não produtores (os “não possuidores”). O incentivo para ser um proprietário original ou um produtor da coisa em questão é reduzido, e o incentivo para ser um não proprietário e um não produtor é estimulado. Assim, em consequência da prática de subsidiar indivíduos em função de serem pobres, haverá cada vez mais pobreza. Em consequência da prática de subsidiar pessoas em função de estarem desempregadas, mais desemprego será criado. A prática de sustentar mães solteiras com fundos públicos (recursos fiscais) conduzirá a um aumento nas taxas de filhos uniparentais, de “ilegitimidade” e de divórcio. 9

[...]as taxas de natalidade cairão em consequência do chamado sistema de previdência social, pois, com a prática de subsidiar os aposentados (os velhos) por meio dos impostos cobrados dos atuais assalariados e criadores de riqueza (os jovens), a instituição da família – o vínculo intergeracional entre pais, avós e filhos – é sistematicamente enfraquecida. Os idosos, caso não tenham feito qualquer poupança para a sua própria velhice, já não mais precisam contar com a ajuda dos seus filhos; e os jovens (os quais, em geral, possuem menos riqueza acumulada) devem sustentar os velhos (os quais, normalmente, detêm mais riqueza acumulada) – em vez de as coisas serem o contrário (como é típico no seio das famílias). O desejo dos pais por filhos e o desejo dos filhos por pais diminuirão; aumentará o número de rompimentos familiares e de famílias disfuncionais; e a ação provedora – a poupança e a formação de capital – diminuirá ao mesmo tempo em que o consumo aumenta.

Em decorrência da prática de subsidiar os fingidores de doenças, os neuróticos, os descuidados (negligentes), os alcoólatras, os viciados em drogas, os infectados pela AIDS e os física e mentalmente “diferenciados” através de regulações na área de seguros e através de seguros compulsórios de saúde, haverá mais doenças, mais fingimentos, mais neuroticismo, mais descuido (negligência), mais alcoolismo, mais toxicodependência, mais infecção por AIDS e mais retardo físico e mental. 11 Com a prática de forçar as pessoas honestas (não criminosas), incluindo as vítimas de crimes, a custearem a prisão dos criminosos (em vez de obrigar os criminosos a compensarem as suas vítimas e a pagarem o custo total da sua própria apreensão e da sua própria prisão), aumentarão as taxas de crime. 12 Com a prática de forçar os empresários (os empregadores), através de  programas de “ação afirmativa” (“não discriminação”), a empregarem mais mulheres, mais homossexuais, negros ou mais membros de outras “minorias” além do número que eles gostariam de admitir em seus negócios, haverá mais minorias empregadas, menos empregadores e menos homens, heterossexuais e brancos empregados.
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As partes transcritas aqui demonstram apenas parte do problema, o livro ainda cita muitos mais exemplos, é bastante expositivo em vários pontos e demonstra que a democracia é a ferramenta essencial para a despotismo e ascensão de ditadores.

Tá, mas é aí? A anarquia é utopia, o que seria menos pior que a democracia? A monarquia.

Se ainda você não entendeu, o quanto a democracia é destrutiva desincentiva a criatividade e a evolução, volte acima, leia/releia o texto e veja/reveja os vídeos.

Sim esse post foi caça cliques.

Abraços!

2 comentários:

  1. Post tem cara de ser bacana mas ainda não assisti a última temporada, então só lerei futuramente hehe

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  2. Voltei! Li o texto agora, bem bacana. A crítica que eu tenho, no entanto, é que o trecho citado não parece ser um encadeamento lógico de ideias. Parece que o autor simplesmente pegou alguns dados/fatos históricos e colocou em sequência, como uma narrativa. Desde a Grécia Antiga todos nós sabemos que a democracia não é a melhor forma de governo. Platão acreditava em uma Aristocracia como a melhor forma de governo, algo que eu achei bem estranho quando li (eu estava no ensino médio) porque têm-se aqui no Brasil esse discurso que endeusa a democracia. Alguns anos depois eu vi bem isso que eles estavam dizendo, que a democracia não recompensa o melhor governante/candidato, mas sim o mais popular, o que atenda aos desejos mais imediatistas. Quanto mais imediatista o discurso, mais sucesso.

    Porém ao mesmo tempo eu acho, aliás, eu reconheço essa evolução tremenda da humanidade nos últimos anos, o desenvolvimento tecnológico foi absurdo, e o "american way of life" é o sonho de todo pobretão aqui da finansfera, é viver em um país livre, que você possa trabalhar e acumular, e caso queira viver "errado" e fazer outra coisa, você é livre também para isso. É justamente por vivermos numa democracia que podemos discutir essa e outras formas de governo.

    Eu sempre prezei a leitura dos clássicos, então sugiro a República, de Platão. Tem também a Política, de Aristóteles.

    Bom, acho que é isso. Abraço.

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