Seguidores

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Meu novo Trabalho de merda - Adendo 3

Finalmente este é o meu último post sobre esse período negro de minha vida. Daqui a diante, meus posts serão apenas de atualização patrimonial com uma postagem aleatória do que ando lendo ou vivendo quando deus quiser.

O post anterior começou como uma introdução deste, mas como ele ficou enorme e completamente fora do tópico, resolvi postá-lo separado. Desculpa pelo desabafo e muito obrigado pelos comentários de apoio, não achava que iria ter tantos comentários assim. Obrigado a todos que comentaram, obrigado mesmo!

Para ler o post anterior sobre meu trabalho de merda clique aqui.

Segunda feira 12/09

Acordo cedo, minha paciência na esperar para poder falar com minha chefa chega ao limite. Mal eu acordo procuro o nome dela no grupo do trabalho e lhe envio um “zap”. Pedindo para que em vez de fazer igual aos outros chimpas incompetentes e rasgar os avisos no dia da renovação do contrato, queria que o meu não fosse rasgado.

Minha lógica era a seguinte. Se mandou todo mundo assinar aviso prévio, então todos iriam pra rua caso o contrato não fosse assinado, então ele já teria calculado e preparado seus cofres para esse rombo de mandar toda uma equipe embora. Foi trouxa de dar a oportunidade que quem queria meter o pé precisava.

Eu já estava completamente exausto, na sexta passada nem ela e nem a supervisora compareceram ao trabalho. Adivinha que tomou o cargo para si quando as ratas chefes não estavam? Sim a favelada! Pqp! Ela veio falando pra que eu voltasse para a separação de lixo (eu estava já no despacho deles). Resolvi ser sujo. Então o que fiz? Perguntei pra sapata louca se ela estava sabendo que tínhamos uma nova chefa e se era realmente para parar de ajuda-la para voltar a separação de lixo. Ela mandou um “zap” direto para a chepatona. Tudo resolvido eu voltei a separação de lixo, mas sem trocar de baia.

O conselho dos ratos

Enfim, na segunda-feira mandei a porra da mensagem para ela. Antes mesmo de chegar, ela já estava me perguntando se eu estava chegando.

Porra ela sabe que meu horário é as 8:00 porque 7:40 já estava me enchendo a paciência? Diferentemente dos outros dias em que eu acabava chegando cedo e ficava no banheiro escutando podcasts, lendo as notícias até chegar a hora de trabalhar, fiquei ansioso para saber o que ela iria falar, então uns 10 min antes eu já estava passando pela recepção do andar.

Quando adentro o recinto, incrivelmente ela já estava em seu posto de trabalho e mais dois coleguinhas. O morcegão e a Sapata bostajeno Hindu. Então me veio à mente: Que merda, essa filha da puta linguaruda vai falar com todo mundo sobre minha saída.

Não deu outra, ela já me chamou pra falar com ela de lá mesmo onde ela estava sentada e falou em alto bom som: Já liguei pra o Zé bunda e a sede falando de sua demissão. Você vai cumprir até o final do aviso certo? Sim, eu respondi, então ela: Me encontra lá depois do almoço.

Chegando lá estava ela e uma outra morcegona que vivia metendo atestado que também não aguentava mais aquela merda. Então a chepatona me chamou para adentrar a sala do Zé bunda para conversarmos, ficamos nós três lá dentro. Logo que entrou ele já mandou uma piadinha: Não vou deixar você sair não. Sério, você é muito bom para eu deixar sair...

Eu só fiz uma cara de ih ferrou... Mas em minha mente eu só pensava: Aé filho da puta? Não me manda embora que eu vou foder com seu projeto. Só eu e mais uma faz as coisas direito nessa merda é um pulo pra eu tornar esse lixo economicamente inviável. Do mesmo jeito eu tenho minha via, não adianta você rasgar a sua que eu ainda tenho a minha!

Depois da gracinha ele me elogiou, disse que me deixaria ir e se estava certo que eu iria cumprir até o fim do aviso, pois isso lhe daria 2 semanas para conseguir a tempo alguém para passar o serviço. Sim é isso que vou fazer mesmo, disse eu.  Mas por que você quer sair? Indagou ele. Aí eu inventei um monte de desculpas e que estava ganhando em dólar trabalhando com freelas pela internet e que estava cansado de ser Celetista. E que o atual trabalho estava me atrapalhando com esses bicos e que me dava um retorno financeiro maior e que estava fazendo isso pra juntar uma grana para revalidar meu diploma no exterior.

Nisso ele ainda soltou o que eu já desconfiava fazia tempo. Que a chepatona queria sair, só que para minha surpresa ele falou que pensou em mim para substituí-la.

Caralho?! É a minha oportunidade de mandar nessa porra e mandar uma cabeçada embora! Pensei eu.

Só que me veio a mente as dores de cabeça que me viriam de ter que reorganizar o projeto do zero, os custos de ter que mandar todos os indicados pela-sacos embora. A dor de cabeça de ter que lidar com a supervisora falsa que vive tentando passar a perna na chepatona e que de repente me veria - um moleque - tomando a vaga que ela tanto desejou. Tudo isso passou pela minha cabeça em 2 segundos. Nem esperei que ele falasse o valor já mandei logo um NÃO, obrigado, como eu já falei, cansei de ser celetista e meu objetivo não é continuar no país.

Mas porra P.S. porque não aceitou? Poderia ser a sua vingança!

Tá, mas por quanto tempo? Só por 3 meses é me ferrar com o próximo que está por vir antes do final do ano? E do jeito que o Zé bunda é filho da puta, só aumentaria meu salário em uns duzentos contos o que deixaria ainda assim abaixo do salário da supervisora. Só sujaria minha carteira mais uma vez com outro “cargo de chefia” com menos de um ano de experiência.

Enfim, saí de lá e voltei para o prédio onde é era o meu posto de trabalho.

Quando a morcegona chega eu a pergunto: E aí como é que foi?

-Mandei pro zé bunda: -Me manda embora hoje! E ele mandou. Rsrs

Ela já seria mandada embora de qualquer forma, então ela pediu para ser mandada embora logo de cara, que não cumpriria o aviso e caso ele não aceitasse ela ia continuar a meter atestado quase todo dia.

Logo depois a chepatona convoca uma reunião. Informando que sairia da empresa, pois um colega tinha arranjado algo melhor para ela na construção civil. E como é a sua área, estaria saindo na sexta-feira logo no começo de suas férias e que só voltaria para dar uma bola para a equipe, informalmente, pois ela estava puta pela falta de reconhecimento da empresa. E que entraria outra pessoa de fora para ajudar a supervisora nesse período.

Depois, fala a todos sobre a saída de morcegona que já estaria saindo no mesmo dia e sobre a minha que cumpriria até o final do aviso.

Nisso a equipe fica louca, o emasculado fica triste me chama até de filho da puta, pois achava que eu era amigo dele e ficou puto já que eu não tinha falado nada com ele. O indicado Lek Vi ficou em estado de choque e eu feliz por este pesadelo finalmente estar acabando.

Nisso a iludida fofoqueira fala: -Eu preciso falar algo também!

Eu paralisei na hora! Eu sabia que ela estava fazendo entrevistas e metendo atestado e cumprindo horas pelas faltas dando as desculpas mais esfarrapadas possíveis. Será que ela iria mandar naquele momento que conseguiu algo também?

Para ver se conseguiria cortar a fala dela, mandei rápido: Iludida! O que é que você vai falar?! (sorrisinho).

Aí ela mandou que chegaria tarde, pois levaria o filho no aeroporto e só ela poderia botar o moleque para embarcar. Mas por trás disso eu já sabia que ela tinha mais uma entrevista marcada.

Ela finalizou pedindo para todo mundo indicar pessoas para preencher essas vagas. Reunião acabada, O indicado ficou todo tristinho.

-Poh P.S. porque você está querendo ir embora? Quem vai entender minhas loucuras? Com quem eu vou conversar? Vai não! Vou sentir saudades. S2

Eu: -Ué conversa com a Sapata bostanejo hindu. Ela tem o pensamento parecido com o meu e o teu.

-Não, com você é diferente...

A morcegona volta aos seus afazeres: Vender seus doces e agora cobrar a quem estava devendo para assim poder partir. Sim amigos, ela vendia doces no horário de trabalho com consentimento da chepatona, pois foi ela a morcegona que a indicou para a empresa.

No dia seguinte a logo após a entrevista a iludida fofoqueira dá a boa notícia.

-Consegui!!!

Você não sabe como eu fiquei feliz por ela, no dia seguinte ela já estava falando com a chepatona que conseguiu algo melhor e que só poderia cumprir meio dia dos dias restantes do aviso, pois tinha conseguido um estágio e já começaria a trabalhar no dia seguinte.

No mesmo dia a chepatona convocou uma reunião falando da saída da iludida e que ela tinha mudado de planos. Que não iria mais sair da empresa, pois estava fazendo fisioterapia e precisava manter o plano de saúde. E que esse amigo dela nem tinha criado a vaga ainda para ela que seria de encarregada, mas que chegando dezembro ela iria sair para ir para essa empresa.

Eu com meus botões: Sabia!! Filha da puta, não tem emprego nenhum, mentirosa da porra, deve ter mandado essa pro Zé bunda pra ver se conseguia um aumento, como não conseguiu porra nenhuma voltou atrás. Queria ver se eu tivesse aceitado o cargo de chefia dela. Estaria se lamentando agora sem um puto no bolso, sendo sustentada pela irmã do playboy suburbano durante estas férias e o restante do relacionamento se sobrasse alguma coisa.

Enquanto a semana ia passando o Zé bunda tentava sondar com meu pai e o coleguinhas do trampo o que realmente eu iria fazer dali pra frente. Sempre começando: Poh o P.S. vai sair né? Que pena, ele é um garoto tão bom.. é verdade que...?

Que grande filho da puta....

Semana acabando, a conservadia me zoando pela viadagem do Lek Vi (É P.S. se você não consegue pegar mulher, vai com homem mesmo..[sorrisinho de zoação]) e aparecem os três novos funcionários que vieram para substituir a iludida, a morcegona e eu.

Primeira impressão: Todos mais velhos que o resto da equipe. Os idiotas acharam que por parecerem mais maduros o trabalho poderá ser melhor. Eu já acho o contrário, por serem mais maduros vão ver a merda que se meteram, não irão respeitar a autoridade delas e vão pular fora do barco o mais rápido possível.

A chepatona só os apresenta, mostra algumas coisas e mais nada e já joga a única fêmea do grupo para treinar a separação de lixo comigo. Os outros foram para as partes mais tranquilas como a 3ª parte que só fica no PC ou a 4ª que já é o despacho do lixo.

E aí P.S? Bonita ela?
Porra é tão bonita quanto um cachorro vira-latas vomitando e comendo o próprio vômito. Parece com a Amanda Waller do Batman, aquela gorda escrota que acha que pode mandar em todo mundo. Ainda por cima microcéfala. O trabalho é tão escroto que estão contratando gente retardada para fazer serviços que precisam de atenção.

Diferente da ficção ela é tão grande quanto o Batman.

Diferente do Severino que no meses anteriores tive que passar parte do serviço e aprendeu rápido, ela já se mostrou indisposta/lerda a aprender logo no primeiro dia. Ela podia negar se mostrando disposta tentando me ajudar a tirar as partes metálicas do material, mas ficava olhando o Facebook no celular o tempo todo.

Nessa mesma sexta 16/09, o viado do LeK Vi ficou enchendo o saco para ir beber com o pessoal do trabalho. Eu já tinha negado várias vezes dando a desculpa que não tinha assunto pra falar com eles. A grande verdade é que não queria papo com ninguém de lá mesmo, mas de tanto insistir com a desculpa que era pela minha despedida resolvi ir.

O dia foi se passando eu passando as coisas para a “novata” e me segurando para não falar as merdas que aconteciam diariamente naquele lixo de emprego. Nisso, toda vez que eu ia iniciar uma fala comprometedora sobre a empresa, a ex-estagiária levantava uma divisória de fichário escrito: Xii cala a bola, olha a ética no trabalho!

Quando a Chepatona veio com o relatório do banco de hora e o meu estava zerado, não consegui segurar. Fiquei muito puto da vida. Como eu teria zero horas se só na última reunião com o Zé bunda foram uma hora e meia a mais do horário?! Ela só me respondeu que eu já tinha mandado e-mail de saída antes dele chegar. Voltei a minha baia puto, quando a chepatona veio atrás e mandou para a sapata louca que ela estava devendo 3 horas. Foi ela virar as costas e sair baia que eu soltei pra jamanta: - ão faça horas extras! Nunca serão contabilizadas! Você só deve, nunca fica no positivo!
Nisso ela falou bem baixinho comigo: "Essas empresas são todas iguais, só mudam o endereço."

HAHAHAHHA era isso que eu queria escutar. Isso só confirmou minha teoria, mais velhos igual a mais cansados e com menos saco para fazer o serviço dar certo.

A ex-estagiária olhou com uma cara de desaprovação para mim, mas era tudo o que eu queria fazer naquele momento. Só sorri pra ela e voltei a ensinar o trabalho para a jamanta.

Lá para umas 16:30 o Zé bunda liga para a baia da chepatona dizendo que estava chegando com as pizzas para comemorar a renovação do contrato e rasgar os avisos prévios de quem resolveu continuar na empresa. Só que era sexta-feira e o dia de dose dupla na Domino's (PAGA EU!) é somente na terça-feira.

Puto da vida falei para as pessoas que me perguntavam se iria ficar pra pizza eu só respondo: -Virou o relógio 16:59 eu já estou com tudo arrumado e pegando o elevador. O Zé bunda já vinha prometendo essa pizza fazia quase duas semanas não era naquele dia que ele iria levar, ainda mais no dia mais caro.

O relógio virou e eu meti o pé. O Lek Vi falou... Espera aí eu que já estou terminando! Falei que iria esperar do lado de fora. Sai de cara amarrada pela filha da putagem das horas extras e me e tranquei no banheiro para ver como estava o mercado. Não queria ter a possibilidade de dar de cara com o "chefe" na portaria. Putz 1% de queda das porras das FIIs que eu tinha acabado de comprar. "O dia bom, oh dia maravilhoso!"

No WhatsApp: Plin!... Estou aqui em baixo, Plin! Cadê você cara? Plin!

Pqp que viado chato maluco. Respondi que estava descendo e então fomos pro bar. Engraçado como quando só é eu e ele conversando, ele fica machinho comportado e na porra da empresa ficava de viadagem, até falava fino perto da supervisora.

Enfim, depois de uns goró perguntei na lata. Tu corta pros dois lados?! Confessa maluco! Pode falar eu já estou saindo mesmo!

Ele falou: Você está saindo, mas não vai estar morto. E deu um sorrisinho besta. Eu só dei uma gargalhada e continuei falando sobre como ocorre os processos de licitação e porque a merda do contrato só foi renovado por 3 meses, porque a contratada não quer mais a empresa e o porquê deles não serem ágeis e competentes o suficiente para criar uma nova licitação antes desse contrato ter terminado.

Pouco tempo depois chegaram os outros chimpas. Apareceu até gente que nunca saiu para beber. Sabe pra quê? Para fofocar para o Zé bunda.

Perguntei para eles, e aí teve a pizza?

Eles: Teve nada! Ele deu uma desculpa que a pizza dupla é só na terça e só rasgou os avisos.

Eu: Sabia! Tá vendo aí! Eu falo, cola comigo que vai se dar bem! Ficaram esperando feito trouxas e voltaram de estômago vazio.

A favelada, a sapata louca, o emasculado, a bostanejo hindu não passaram meia hora, não beberam nada e meteram o pé. E eu não tinha terminado nem a minha 4ª branquinha. Só ficou J. (um colega do trampo favelado parça) com sua namorada e a prima dele, o Lek Vi, o morcegão e um dos concursados que cagam e andam pra gente, já que o serviço dele é só fiscalizar se as caixas estão saindo corretas.

Na segunda-feira adivinha o que aconteceu? Não é que o Zé bunda veio cheio de sorrisinhos?

-E aí? Estou sabendo de sexta...

Finalmente a pizza aconteceu na terça, com uma hora e meia de atraso e após uma novela criada pelo Zé Bunda. Ele andava de um lado para o outro com o celular no ouvido, falando ou fingindo falar com uns e outros.  Depois de muito drama e desencontros a pizza finalmente chegou. Peguei dois pedaços e meti o pé nem tomei um copo de veneno açucarado.

Enfim, a chepatona entrou de férias e nem comeu da pizza, pois entrou de férias na sexta mesmo, o resto da semana, foi super-tranquila tirando as perturbações da favelada com todos.

Dos 3 que entraram, um já entrou sabendo que é uma vaga temporária, o que só confirmou a minha predição que não haverá mais contrato depois de dezembro. Os dois malucos que entraram parecem ser responsa, mas a Jamanta? Puta que pariu! Nem o playboy suburbano enrolava tanto quanto ela enrola. Fica no Facebook o dia inteiro e já fez amizade com a favelada, nessa última sexta passaram meia hora do meu lado só falando sobre cabelo afro, danças africanas, brincos, colares de madeira, musica negra e outras idiotices fomentadas pela esquerda na criação da luta de classes. Fiquei tão puto com essa porra que meu estômago começou a doer, fui à copa tomei um chá de limão para dar uma aliviada, fui ao banheiro ver as notícias e quando voltei ainda estava as duas conversando. Já deixei avisado para a conservadia que ela é igual a favelada e que é para ela tomar cuidado que é macumbeira que raspou a cabeça para o santo.

Você não sabe o alívio que me deu ao finalmente sair daquele inferno e saber que eu nunca mais irei que tratar bem gente falsa igual a eles.

De novo o Lek Vi encheu o saco para beber, eu cheio de dor por causa de um siso que está empurrando os outros dentes, só bebi uma caipirinha com muito sacrifício, eu já estava bêbado de dor e não precisava ficar com a cabeça mais zonza. Dessa vez foi só eu o J. e o morcegão junto com ele. Como boteco tinha Litrão de Budweiser the king of beers (paga eu porra!) os pé de cana se esbaldaram, no 5º copinho o Lek Vi, depois que o morcegão meteu o pé, já estava admitindo para mim e o J. que cortava para os dois lados. Vocês tinham que ver a cara que ele fez, não por nós termos o conhecimento de sua libertinagem, porque lá todo mundo já sabia, mas sim da forma como ele admitiu. Ele gritou em alto bom som, achando que na bebedeira da sexta anterior já tinha dito pra todo mundo.

É engraçado como ele ficou aliviado, mas ao mesmo tempo cabreiro, achando que a gente ia “perder a amizade” com ele. Eu só falei: cara não muda nada, o foda são os caras que escondem.

Aí ele: -Poh J. nossa amizade continua a mesma coisa?
J.: - Mas é claro maluco!
Indicado: -Mas tu não sabia mesmo?
J.: -Claro que não cara, tu tá contando agora!

Ficamos falando das mulheres de quem nos furaríamos no trabalho, as merdas que elas falam para nós, mesmo elas sendo comprometidas. Sobre a vida de merda que sempre levei e como melhorá-la. Das mulheres ruins e mulheres boas que passavam na rua.

Uma coisa eu não entendi até hoje, porque a maioria dos homossexuais, bi e etc. seguem algum tipo de religião afrodescendente. Que porra louca não?

Pouco tempo depois passa a supervisora com sua amiga/namorada. É impressionante a diferença de beleza entre as duas. Apesar de a supervisora ser monstra de gorda, se emagrecesse ficava linda, mas a sua amiga? Parece o seu madruga moreno sem barba, todo machinho. Não há lógica nisso! Gostar de mulher que se parece com homem. Por que não ficar logo com homem? Feio por feio, fica com algo natural, não uma coisa bizarra que emula da forma mais capenga o sexo masculino, onde o máximo que se aproxima do mesmo é a utilização de uma porra de uma calcinha com um pênis de borracha.

Logo depois que elas passaram o Lek Vi solta: -Essa amiga dela outro dia estava querendo me comer. Eu fugi. kkkkkk

Como J. Tinha um couro pra furar logo depois e eu já estava querendo meter o pé fazia tempo, fechamos a conta, o Lek Vi seguiu o seu caminho e fui com J. para o ponto de ônibus falar das merdas que tínhamos acabado de vivenciar e sobre as mulheres lá da área dele.

Hoje, segunda-feira, 26/09/2016, acordei meio triste, mas ao mesmo tempo feliz. Triste por não ter mais quem perturbar o dia inteiro, zoar e falar merda. Mas bastante feliz por não ter que ficar obrigado a acordar cedo, aguentar gente indesejada e principalmente fazer a coisa que mais odeio nessa vida. TRABALHAR.

Agora é esperar para pegar minha carteira de volta e receber a rescisão, esperar as porras dos bancários voltarem de suas férias para eu resolver um monte de merda no banco e fechar as contas para não pagar taxas, ter um mês de férias tranquilo (já comecei estourando o cofre das diversões só nesse fim de semana) e em novembro, se tudo der certo, voltar para a empresa anterior em que eu ganhava “bem” para quase não trabalhar.

E como estou agora? Atualizando minha playlist das músicas do momento. Da última vez que testei com o sexo feminino houve 95% de aproveitamento (realmente, tem uns funks e raps escrotos que ainda vou tirar). Isso sem musicas de corno, mangina ou mela cueca. Vou fazer uma outra somente de pagode e samba que pretendo usar como forma de treinamento para as áreas mais faveladas onde futuramente pretendo furar um couro.


Porra pobre só tem sertanejo nessa porra?!

É a maioria, mas não todas. Não posso fazer nada se as mulheres bonitas gostam desse tipo de música, só copiei a playlist top Brasil dúvida? Dá um bizú aqui Top Brasil on Spotify (paga eu!!), eu exclui a maioria dos funks e pagodes escrotos e adicionei alguma recomendadas do Wesley Safadão (esse cara é foda, toca em tudo quanto é lugar e quando toca todas ficam atiçadas) adapte-se ou morra!

Abraços! Até o fechamento mensal!

domingo, 25 de setembro de 2016

Desabafo

A Real brasileira é algo tóxico que pretendo me manter o tão longe quanto. Criaram uma matrix dentro de outra matrix, criaturas abomináveis, extremistas, depressivos, estranhos e incapazes de se misturarem a sociedade, saíram de suas trevas introspectivas e acharam fóruns onde poderiam destilar toda suas frustrações de suas realidades cavernosas. Eu mesmo fui uma das vítimas desta matrix chamada real.

Como tudo o que um suicida precisa é de uma corda. E a real foi a corda que precisava para eu cometer o suicídio social que precisava. Atualmente ando revendo muitos conceitos e percebo o que me tornei. Salário baixo, deserto sexual, depressão, falta de autoestima, foi tudo cultivado por minhas ações e minhas escolhas. Tudo por ter me deixado ser influenciado por um grupo de retardados mentais que pegaram ótimos materiais de estudo e transformaram em uma arma contra as mulheres. N.A. Nunca cultivou o ódio, ele mesmo diz no começo de suas obras, mas como bons analfabetos funcionais que somos, instigados pela guerra de classes marxista, tínhamos que as torná-las nossas inimigas.

Está ruim para arranjar alguma mulher que preste? Talvez, Mas aí quem disse que você presta também?

Por isso vá aproveitando as que não prestam mesmo. Algum dia você pode achar aquela mulher para sua família perfeita de comercial Colgate. Está cheio de mina responsa por aí, muitas delas cultivando relacionamentos duradouros e com uma cabeça maneira. Tenho até pena de algumas por estarem cegas com namorados lixosos. MAS E AÍ COMO VOCÊ VAI ACHAR A SUA SE NÃO SAI DE CASA?

Só depende de você!

Sua vida está ruim? Não se vitimize! Melhore sua mente e corpo.
COMO VOCÊ ACHA QUE VAI ARRANJAR UMA MINA MANEIRA SE VOCÊ NÃO É MANEIRO? Esta é a vida amigo! Não são as mulheres é a natureza que não perdoa. Do mesmo jeito que você procura os melhores genes analisando as fêmeas apenas pela sua beleza. Elas nos selecionam por N fatores, sendo beleza, segurança física/financeira, traquejo social e outros infinitos de motivos. Elas avaliam tudo isso nos primeiros segundos em contato com você. Se ela não gostou de você no primeiro minuto, ela não vai mudar de opinião, não importe o que você faça. Por isso não insista, parta para outra, existem milhões de outras mulheres por aí querendo apenas diversão ou procurando pelo seu par perfeito. Por isso não perca noites de sono ou fique triste pelo seu desinteresse em você, pois já sabe que não poderá a ter e que sua mente insiste em negar. Aproveite aquelas que realmente estão afins de você, não importando se ela não preenche seu requisito de beleza, a vida é cheia de surpresas e isso é bom, mas nunca se esqueça dos ensinamentos de N.A., pois só assim você conseguirá manter sua cabeça no lugar e não sofrer por mulher alguma.

Se eu recomendo os PUAs? Não pelo custo financeiro e seus códigos quase místicos, mas tire o que há de ruim de seus métodos, extraia o que há de bom e use! Há muito material bom e grátis rolando por aí. Basta por em prática!


Observe a natureza!

O que aprendi com a real? NADA! Não tive mais vontade sair, não evolui, a única coisa que cultivei foi o ódio e a raiva da sociedade. Fechei várias portas e desaprendi a ser homem para se tornar um menino chorão. Simplesmente ESTAGNEI.

A vida só premia os melhores! Só os mais aptos em suas áreas tem a possibilidade de passar seus genes a frente! Por isso descubra o que você faz de melhor e invista nisso! Se destaque em alguma coisa!
Para sua sorte e a minha, nos somos bastante numerosos, então não há desculpa para dizer que não há qualquer coisa que não podemos ser bons. Sempre há chinelo velho para um pé cansado. Basta procurar!

SAIA DE CASA PORRA! NEM QUE SEJA PARA FICAR VENDO OS POMBOS NA PRAÇA, MAS SAIA DE CASA CARALHO! Quem não é visto não é lembrado!

Pelo menos desses anos de estagnação, eu tive a oportunidade de conhecer blogs que realmente falam de finanças e desenvolvimento pessoal. Graças a esses colegas, tirei várias lições de vida, indicações de ótimos livros e dicas sobre finanças. Sei que nesse ritmo não alcançarei a tão sonhada independência financeira. Mas quem disse que eu tenho que seguir por esse caminho sem ajuda?
A vida é feitas de mudanças, muitas delas indesejadas, mas necessárias para uma evolução do estado de espírito.

Não se espantem se meu ritmo de crescimento ficar mais fraco do que é atualmente, ou até diminuir, mas é algo que eu ando postergando há tempos. De qualquer forma, ainda me esforçarei para aportar pelo menos 10% de meus rendimentos todo mês. O resto? Serão para as contas de meu desenvolvimento pessoal.

Já estou beirando os 30 e o que conquistei na meia década de trabalho formal que tive? NADA, absolutamente NADA! A faculdade e outros milhares de cursos que fiz, não adiantaram de NADA. Cursos de marcenaria, elétrica, eletrônica, coisas que realmente dão dinheiro? Nada!!! Foram apenas cursos em coisas que não dão dinheiro, pois hoje se consegue de graça em qualquer esquina ou eram cursos de valor de mercado zero!

Todos estes cursos (informática, inglês e etc) foram apenas poços aonde joguei os denários de meus pais e os meus fora.

Criado por pais sem educação formal, o que eles me indicaram para enriquecer? Exatamente o contrário que eles vivenciaram. Estude para ser alguém na vida, estude para se dar bem. Estudei, e agora onde estou? Sendo humilhado pelo próprio pai chimpa analfabeto que não faz porra nenhuma no trabalho e ganha o dobro do meu penúltimo emprego que exigia de tudo, até uma segunda língua fluente.

Mas eu não os culpo, pelo menos a burrice deles me levou a querer sair da miséria e hoje eu sou o “ricaço” do meu circulo de amizade, pois diferentemente deles não preciso vender meu VR para poder fechar as contas do mês.

Este lixo de educação que eles acreditavam e ainda acreditam ser o correto, me obrigou a procurar informações sobre investimentos, como fazer meu dinheiro render mais fazendo menos.

Mas isso não é suficiente! E o social? Sempre deixado de lado por todos esses anos? Não fale com estranhos, dizia a minha mãe quando eu era pequeno, mas o que ela sempre fez e continua fazendo? Falando da minha vida inteira para os desconhecidos nas ruas.

Fui criado praticamente em uma bolha, “não saia porque é perigoso, não fale com estranhos, Quando for na casa dos amiguinhos cuidado com seus pais, volte cedo! E aí como foi lá?” conte-me tudo e te convencerei a não voltar mais lá.

Das garotas que me interessavam eu não conseguia nada. Das garotas que se interessavam por mim eu não queria nada. Meu pai chimpa dizia que me daria dinheiro pra sair, mas quem disse que eu queria? Não só por orgulho, mas por não poder chegar até os finalmentes, motel não deixa menor entrar e diferente dos favelados com quem eu estudava não tinha um matadouro por perto do qual eu podia utilizar. Fui criado em uma prisão, seja ela em casa, seja na escola. Nunca fui destacado em nada e para piorar, minha genética nunca ajudou.  Artes marciais? Muito caro, escolinha de futebol? Idem.

Eu fui criado para ser responsável, dividir as coisas e ser bonzinho. Adivinha que está se dando bem na vida? Meu irmão mais novo que é exatamente o contrário do que foi educado para ser.

Tudo o que aprendi foi na porrada, ele? Nos paranaués aprendidos com os malandros que aparecem em nossos caminhos.

Fui criado como se fosse filho de rico, para ser um garoto rico, mas sem dinheiro, sem amigos ricos e em escola pública. Como isso poderia dar certo?!

Uma pessoa mais deslocada do que eu não deveria existir na escola. Sempre me chamaram de nerd, mas nunca fui um e nem no grupo deles eu me enturmava, me chamavam de lerdo, mas eu já entendia da vida muito mais do que eles e não podia se defender, os malditos sabiam jiu-jítsu pelas aulas grátis do morro e eu? Só dar chutes e socos imitados dos Power Rangers e filmes do Chuck Norris. Me chamavam de viado, mas quem fazia meinha nos banheiros dos colégios eram eles. Tirando a preparação de assassinos que eles tinham desde a infância, a única vantagem deles sobre mim eram andar em suas gangues. Todos tinham as suas, os jogadores de bola, as jogadoras de vôlei, os baitolas e as sapatas, os nerds, mas tirando suas identificações de tribos, todos eles compartilhavam uma coisa em comum, todos serem favelados.

Porrada no nerd
Eles
Tricô
Eu
Por isso cansei! Me sinto velho ao ter qualquer tipo de contato com pessoas perto dos 20 e poucos. SIM me sinto um idoso!!!! Músicas, referências de filmes, mídias, tudo dos anos 80!! Ódio infundável a o funk, sertanejo, pagode e samba. Por que gostar de músicas internacionais dos anos 80 que nem seus próprios pais entendem a letra e só gosta porque acha bonito a melodia? Caralho, puta que pariu!!! Por que eu devo gostar de Elton John se nenhum chimpa médio daqui nem sabe quem é o cara? Porque eu devo adorar bandas como Metallica, Iron Maiden ou até o Detonator se isso só atrai pessoas estranhas e de gosto duvidoso?

De agora em diante eu gosto dos que as pessoas gostam. Se meu amigo favelado me chamar pra Madureira sambar e pegar umas pretinhas? Eu vou! Se a novinha que gosta de sertanejo me chamar pra uma terçaneja? Eu vou!! O importante é aproveitar o momento com as pessoas!! Aproveitar o que há de bom na vida!! Ela é muito curta para desperdiçarmos nutrindo sentimentos negativos e autodestrutivos.

Percebo agora que estive todo esse tempo REFÉM DO MEDO. Aprender os paranauês da vida? NADA! Tudo em minha vida foi podado pelo medo.

  • Beber com os amigos? “Não chegue em casa bêbado senão apanha!”
  • Conhecer uma nova mina? Será que vai me dar toco?
  • Nova namorada? Ter que contar os mínimos detalhes para a família.
  • Camisinha estourar? = a Filhos?!
  • Será que anda me traindo? “é piranha filho”
  • Se eu terminar com ela arranjo outra?
  • Tirar a CNH? Será que passo de primeira?
  • Mexer com ações? Muito complicado, ter que pedir para os rhs das empresas os demonstrativos anuais.
  • Mexer com ações fora da corretora do banco? Muito complicado...
  • Fazer day trade? É muito complicado declarar impostos.
  • Ultrapassar os 20k de limite de ações? Difícil de declarar...
  • Abrir uma empresa? Ih Muito complicado, “vai falir nos primeiros meses!”
  • Mudar de emprego? “a crise tá feia, meu cunhado está sem emprego a 6 meses, melhor não sair...”
  • “Muleque sai desse posto agora, volta pra casa que vou te dar remédio, te deixo morrer aí, mas não vou te buscar nessa fila não!”
  • Ah quebrou a cabeça? Tem problema não, mamãe leva pra casa e cuida...
  • Médico pra quê? Mamãe cura com chazinho...
  • E aí já fez o seguro de vida?
  • “E o plano porque está pagando se não usa?” Pago para caso precise, é uma segurança....
  • “Esses investimentos são seguros? Porque a crise está feia!”
  • “Moto? Você é maluco? Tá querendo morrer?”
  • “Vai sair não, tem assalto toda hora, não vai pra esse lugar perigoso não!”
  • “fez 18 quero você fora de casa”
  • “Como vai morar sozinho se não sabe fazer nada em casa?”

Por isso chimpas desse brasil varonil, FODA-SE! Não aguento mais agir em função do medo. Quando finalmente estava me libertando a vida fez questão de apertar meu cabresto. Como eu quero mudar minha vida, se eu continuo fazendo as mesmas coisas?

Foda-se tudo, foda-se todos!

Sai da minha frente! ME DEIXA VIVER CARALHO!!

Abraços e volte sempre!

domingo, 18 de setembro de 2016

A cartilha do Arnold Schwarzenegger

Esse é apenas um pequeno trecho do que é encontrado em sua biografia oficial.

Livro Arnold Schwarzenegger

Demorei um pouco para postar, pois minha vida andava meio problemática. Agora que estou com um pouco de tempo lhe apresento esta cartilha. Obs.: Não há nenhuma das referencias ditas no livro, se está procurando apenas um resumo para um trabalho de sua uniesquina ou presídio mirim, vaza! Procura um sebo, compra o livro ou mesmo baixe o pdf, mas tenha a consciência que esse livro muda vidas e não é apenas mais um instrumento mal acabado de avaliação e tortura de alunos entediados e desmotivados. Procure o material original e comece a por seus ensinamentos em prática e mande seu professor para a PQP.


1 nunca deixe o orgulho atrapalhar seu caminho. Muhammad Ali e eu par­ticipamos de vários programas de entrevistas juntos. Sempre o admirei por ser um campeão com uma personalidade incrível, generoso, sempre atencioso com os ou­tros. Se todos os atletas fossem iguais a ele, o mundo seria um lugar melhor. Nós nos encontrávamos antes de entrar no ar e ficávamos fazendo graça. Certa vez, ele me desafiou a jogá-lo contra a parede, se fosse capaz. Acho que alguém no mundo do boxe devia ter lhe dito para começar a fazer musculação como George Fore- man, porque Ali era mais conhecido por sua velocidade e pelo uso da psicologia. Ele estava pensando em acrescentar “forte como um touro” a “leve como uma bor­boleta, com o ferrão de uma abelha”, e queria sentir a verdadeira potência de um fisiculturista. Consegui empurrá-lo contra a parede, e ele comentou: “Caramba, a musculação funciona de verdade. Legal. Muito legal mesmo.”
Em nosso encontro seguinte, ele estava acompanhado de alguns amigos e falou: “Vejam só isso. Ei, Arnold, tente me empurrar.”
“Deve ser uma armadilha”, pensei. “Ninguém quer ser empurrado na frente dos amigos.”
Comecei a fazer o que ele havia pedido e consegui imprensá-lo outra vez contra a parede. “Não falei? Não falei?”, disse ele. “Esse cara é forte mesmo. Esse negócio de musculação é realmente muito bom.”
Ali não se importava em perder uma disputa. Tudo o que ele queria era mostrar aos amigos que o treino com pesos funcionava. As pernas e os quadris mais fortes proporcionados pela musculação poderiam ser úteis no boxe.

2. NÃO PENSE demais. Se você passa o tempo todo pensando, a mente não conse­gue relaxar. O mais importante é deixar tanto a cabeça quanto o corpo flutuarem. Então, quando tiver que tomar uma grande decisão, você terá toda a sua energia disponível. Isso não significa que não deva usar o cérebro, mas parte de nós precisa saber agir de forma instintiva. Quando para de analisar tudo, você se livra de todo o lixo que o sobrecarrega e impede seu avanço. Desligar a mente é uma arte, uma forma de meditação. O conhecimento é algo extremamente importante ao tomar­mos decisões, e a razão disso não é necessariamente evidente. Quanto mais infor­mações temos, mais livres nos tornamos para confiar nos próprios instintos. Na maioria dos casos, porém, as pessoas que detêm o conhecimento ficam atoladas, imobilizadas. Quanto mais sabem, mais hesitam, e é por isso que até os indivíduos mais inteligentes passam por grandes fracassos. Um boxeador sobe ao ringue le­vando uma imensa quantidade de conhecimento - em que momento se esquivar, atacar, contra-atacar, recuar, bloquear. No entanto, se fosse pensar em tudo isso na hora de levar um golpe, estaria acabado. Ele precisa usar tudo o que sabe em um décimo de segundo. Quando você não confia no seu processo de tomada de deci­sões, ele pode prejudicar seu avanço.
Por pensarem demais as pessoas não conseguem dormir à noite: sua mente não para e elas não conseguem desligá-la. O excesso de análise é prejudicial. Em 1980, quando Al Ehringer e eu quisemos revitalizar um quarteirão na Main Street, em Santa Monica, os investidores com os quais estávamos disputando os imóveis dei­xaram que suas preocupações os impedissem de agir. Nós tínhamos feito as mes­mas pesquisas que eles e vimos que havia algumas incertezas que poderiam limitar o potencial de valorização da área. O terreno era uma antiga servidão para bon­des e não estava disponível para venda, apenas para um leasing de longo prazo. Além disso, os terrenos vizinhos estavam contaminados com resíduos químicos. E se nossa parte também tivesse problemas? A propriedade transpunha a frontei­ra entre Santa Monica e Venice, então não estava claro que impostos e regulamen­tos locais deviam ser aplicados. Não nos prendemos a esses problemas, mas nossos concorrentes sim, e depois de algum tempo tudo o que conseguiam ver eram os riscos. Assim, eles desistiram do negócio quando aumentamos nosso lance, e aca­bamos arrematando os imóveis. Em dois anos, conseguimos converter o leasing em compra e nossa aposta começou a render frutos - o número 3.100 da Main Street revelou-se um investimento fenomenal. No cinema, muitos contratos são fecha­dos sob pressão. Se você vacilar, está fora. No caso de Irmãos gêmeos, tínhamos um prazo: a Universal precisava saber se Danny, Ivan e eu estávamos todos dentro. Não houve tempo para os agentes se falarem, então nós três fechamos o acordo em um guardanapo de papel durante o almoço. Simplesmente assinamos e nos levantamos da mesa. Posteriormente, Danny mandou emoldurar o guardanapo.

3. Esqueça o PLANO B. Para se desafiar e crescer, você precisa abrir mão da rede de segurança. No início de 2004, os números da opinião pública em relação às minhas propostas recém-anunciadas de votação popular eram muito ruins; estávamos pe­dindo aos eleitores a permissão para refinanciar uma dívida de 15 bilhões de dóla­res. Nossos especialistas em orçamento já estavam se descabelando.
-        O que vamos fazer se as propostas forem rechaçadas? Precisamos de um pla­no B - disseram eles.
-        Por que assumir uma atitude derrotista? - indaguei. - Se não houver plano B, o plano A vai ter que funcionar. Nós acabamos de anunciar as propostas. Existe muita coisa que podemos fazer para chegar mais perto do objetivo.
Se estiver ansioso, em vez de traçar planos de emergência, pense no pior que pode acontecer se o que está tentando fazer não der certo. Qual seria a gravida­de disso? Logo vai descobrir que na verdade não tem importância nenhuma. Se perder uma eleição para governador, pode ficar humilhado, mas isso é o pior que pode acontecer. Pense em todos os candidatos presidenciais que perdem eleições. As pessoas entendem que é assim que funciona. Considerei que, se perdesse a dis­puta para governador, simplesmente voltaria a fazer filmes e continuaria a ganhar muito dinheiro. Seria um cara livre, comeria bem, andaria de moto e passaria mais tempo com minha família. Assim, fiz tudo o que podia para conseguir o cargo - reuni a melhor equipe, arrecadei dinheiro, fiz uma excelente campanha. Se não ti­vesse dado certo, eu teria dito: “Não deu certo desta vez e pronto.” Quando perdi todas as propostas de votação popular que apresentei em 2005, não morri por cau­sa disso. A vida seguiu seu curso e liderei uma missão comercial fantástica à China. Um ano depois, fui reeleito.
A imagem da infelicidade para mim são os caras que trabalhavam nas minas de diamante da África do Sul quando estive lá, nos anos 1960. As minas ficavam a quase meio quilômetro de profundidade, fazia um calor de 43°C, os trabalhadores ganhavam um dólar por dia e só podiam voltar para casa e visitar a família uma vez por ano. Isso, sim, é estar profundamente na merda. Qualquer coisa melhor do que isso significa que você está bem.

4. É POSSÍVEL DIZER BARBARIDADES BEM-HUMORADAS PARA UM ACERTO DE CON­TAS. Em 2009, meu amigo Willie Brown, ex-prefeito de São Francisco e presidente da Assembleia que ocupou o cargo por mais tempo em toda a história da Califór­nia, estava organizando um evento beneficente para o Partido Democrata no esta­do no hotel Fairmont, em São Francisco, e nós dois pensamos que seria engraçado se eu desse uma passada lá.
Apareci sem ser anunciado e dei um grande abraço em Willie na frente de todo mundo, o que fez metade dos democratas surtar e a outra metade cair na risada. Então um membro da Assembleia recém-eleito chamado Tom Ammiano, também de São Francisco, levantou-se de sua cadeira e começou a gritar na minha direção, apontando para si mesmo: “Este gay aqui quer que o senhor vá se ferrar!” Saiu até na imprensa. Além de político, Ammiano era humorista profissional. Não fiz ne­nhum comentário. Muito engraçado, hahaha. Mas pensei com meus botões: “Vai chegar uma hora em que terei o poder de aprovar leis, e um dia vou receber uma lei defendida por ele...”
Dito e feito: algumas semanas depois, recebi uma das leis de Ammiano. Era uma medida de rotina sobre o píer de São Francisco, mas significava muito para ele. Instruí minha equipe a redigir uma bela mensagem de veto.

Carta foda-se

Alguns jornalistas perguntaram a meu assessor de imprensa se o recado “fo-da-se” tinha sido proposital, ao que ele respondeu: “Não, não tínhamos a menor ideia. Deve ter sido um acidente.”
Na minha coletiva de imprensa seguinte, porém, outro repórter levantou a mão e disse:
-        Pedimos que um matemático lesse a carta. Segundo ele, existe menos de uma chance em 2 bilhões de a mensagem ter sido acidental.
-        Tudo bem - respondi. - Por que vocês não vão lá e perguntam ao mesmo es­pecialista quais eram as chances de um menino da zona rural da Áustria vir para os Estados Unidos e virar o maior campeão de fisiculturismo de todos os tempos, entrar para o cinema, casar-se com uma Kennedy e depois ser eleito governador do maior estado do país? Na próxima coletiva, venham me contar a resposta dele.
Todos os jornalistas riram. Enquanto isso, a seguinte frase foi atribuída a Tom Ammiano: “Fui um idiota, então ele tem o direito de ser um idiota também.” A brincadeira acabou com a tensão. (Um ano mais tarde, depois de sancionar mais uma lei defendida por ele, divulguei um comunicado a respeito que, lido na verti­cal, dizia “d-e-n-a-d-a”)

5. O DIA TEM 24 horas. Certa vez, dei uma palestra na Universidade da Califórnia. Ao final, um aluno levantou a mão e reclamou:
-Governador, desde a crise do orçamento minha anuidade aumentou duas ve­zes. Agora está alta demais. Preciso de mais auxílio financeiro.
-Entendo, é difícil mesmo - falei. - Mas como assim, alta demais?
-Agora tenho que trabalhar em meio período.
-E qual é o problema disso?
-Preciso estudar!
Então falei:
-Vamos fazer as contas. Quantas horas de aula você tem?
-Duas horas um dia por semana e três horas em outro.
-E quantas horas precisa estudar?
-Três horas em cada um desses dias.
-Certo. Até agora, pelas minhas contas, são seis horas em um dia e sete em ou­tro, contando com o transporte. O que você faz no restante do tempo?
-Como assim?
-Bom, o dia tem 24 horas. Já pensou em trabalhar mais, ou pegar mais discipli­nas, em vez de ficar vendo a vida passar?
A turma inteira ficou chocada ao me ouvir dizer isso.
-Eu não estou vendo a vida passar! - respondeu o aluno.
-Está, sim. Você falou em seis horas por dia. O dia tem 24 horas, então sobram 18. Digamos que você precise dormir seis horas por noite. Então, se o seu trabalho em meio período ocupa quatro horas, mesmo assim ainda sobra tempo para na­morar, dançar, beber e sair. Está reclamando de quê?
Disse aos alunos que, quando era estudante, treinava cinco horas por dia, fazia quatro horas de aulas de interpretação, trabalhava na construção civil várias horas por dia, ia à faculdade e fazia os deveres de casa. E eu não era o único. Nas minhas turmas do Santa Monica College e dos cursos de extensão da UCLA havia outros alunos que trabalhavam em tempo integral. É natural esperar que alguém venha pagar sua conta. E o governo deve estar presente para ajudar em caso de necessi­dade real e para fornecer educação. No entanto, se o governo não estiver obtendo receita suficiente por causa de uma desaceleração da economia, todo mundo pre­cisa contribuir e se sacrificar.

6. repetir, repetir, repetir. Quando entrávamos no Sindicato Atlético de Graz, academia onde eu fazia musculação na adolescência, havia à esquerda uma parede comprida de compensado toda coberta de marcas de giz. Era lá que anotávamos nosso programa de treino para cada dia. Cada um tinha seu pedacinho de parede e antes de trocar de roupa fazia uma lista:

LEVANTAMENTO TERRA: 5 SÉRIES DE 6 REPETIÇÕES
ARREMESSO: 6 SÉRIES DE 4 A 6 REPETIÇÕES
DESENVOLVIMENTO DE OMBROS: 5 SÉRIES DE 15 REPETIÇÕES
SUPINO: 5 SÉRIES DE 10 REPETIÇÕES
CRUCIFIXO RETO: 5 SÉRIES DE 10 REPETIÇÕES

E assim por diante, num total de cerca de 60 séries. Mesmo sem saber como es­taria sua disposição no dia, as pessoas anotavam também a carga. Depois de cada linha havia uma sequência de risquinhos, um para cada série planejada. Se você ti­vesse previsto cinco séries de supino, fazia cinco risquinhos na parede.
Então, assim que concluísse a primeira série, ia até a parede e fazia um segundo risco por cima do primeiro, transformando-o em um X. Todos os cinco risquinhos tinham que virar X antes de você passar para o exercício seguinte.
Essa prática teve forte impacto na minha motivação. Eu sempre dispunha do estímulo visual: “Uau, consegui. Fiz o que disse que faria. Agora vou passar para a próxima série, depois para a outra.” Anotar meus objetivos tornou-se uma coi­sa natural, bem como a convicção de que não existem atalhos. Foram necessárias centenas, milhares de repetições para que eu aprendesse a fazer uma ótima pose três quartos de costas, contar uma piada, dançar tango em True Lies, pintar um lin­do cartão de aniversário e dizer “Eu voltarei” do jeito exato.
Se você der uma olhada no roteiro de meu primeiro discurso na ONU sobre o combate ao aquecimento global, em 2007, eis o que vai ler:

Governor Schwarzenegger United Nations Speech
Cada risquinho no alto da página representa uma vez que ensaiei o discurso. Não importa se você estiver fazendo uma rosca bíceps em uma academia gelada ou discursando diante de líderes mundiais: não existem atalhos - o importante é repetir, repetir, repetir.
Faça na vida o que você fizer, das duas, uma: precisa acumular repetições ou quilometragem. Se quiser esquiar bem, precisa ir às pistas. Se for enxadrista, tem que jogar dezenas de milhares de partidas. No set de filmagem, o único jeito de acertar a cena é ensaiar. Se você tiver ensaiado, não precisa se preocupar e pode aproveitar o momento em que as câmeras vão rodar. Ao filmar The Tomb em Nova Orleans, pouco tempo atrás, fizemos uma cena de briga na prisão com 75 pessoas. A coreografia era tão complicada, com dezenas de trocas de socos, engalfinhamentos e guardas da prisão aparecendo para bater nos presos com cassetetes, que só os ensaios levaram metade de um dia. Quando começamos a rodar, todo mundo já estava cansado, mas ao mesmo tempo bastante preparado. A tomada foi um suces­so. Os movimentos tinham se tornado naturais para nós, e a sensação transmitida foi a de uma briga de verdade.

7. NÃO culpe SEUS pais. Eles fizeram o melhor possível por você, e, caso tenham lhe causado problemas, essas questões agora são suas, e quem tem que solucioná-las é você. Talvez seus pais tenham sido excessivamente atenciosos e protetores e você agora se sinta carente e vulnerável no mundo, ou então podem ter sido duros demais, mas não importa - não os culpe por isso.
Quando eu era pequeno, amava meu pai e queria ser igual a ele. Admirava seu uniforme, sua arma e sua profissão. Mais tarde, porém, passei a detestar o modo como ele pressionava a mim e meu irmão. “Vocês precisam dar o exemplo no vi­larejo, pois são filhos do policial”, dizia. Tínhamos que ser crianças perfeitas, o que evidentemente não éramos.
Meu pai se mostrava exigente - era esse o seu temperamento. Ele às vezes tam­bém se mostrava violento, mas não acho que fosse culpa sua. Foi a guerra. Se ele tivesse levado uma vida mais normal, teria sido um homem diferente.
Então eu muitas vezes me perguntei: e se meu pai tivesse sido mais caloroso e gen­til? Será que eu teria saído da Áustria? Provavelmente não. E teria lamentado por isso!
Tornei-me Arnold por causa do que meu pai fez comigo. Resolvi que iria trans­formar o modo como fui criado em algo positivo, em vez de ficar reclamando. Po­deria usá-lo para criar um sonho, estabelecer objetivos, encontrar alegria nas coi­sas. A severidade dele me afastou de casa. Por causa dela fui para os Estados Unidos e trabalhei duro para ter sucesso - e fico feliz por ter feito isso. Não preciso lamber minhas feridas.
Em Conan, o bárbaro, perto do fim, há um trecho que nunca me saiu da cabeça. A fala não é de Conan, mas de Thulsa Doom, o feiticeiro que o obriga, quando me­nino, a ver o pai ser devorado por cães e mata a mãe na sua frente. Quando Conan está prestes a matá-lo e vingar os pais, Thulsa Doom diz: “Quem é seu pai, se não eu? Quem lhe deu a força de vontade para viver? Eu sou a fonte da qual você brota.”
Portanto, nem sempre o que você deve celebrar é óbvio. Às vezes é preciso valo­rizar justamente as pessoas e as circunstâncias que estão na origem do seu trauma. Hoje em dia eu agradeço o rigor do meu pai, minha criação e o fato de eu não ter conseguido nada do que queria na Áustria, pois foram justamente esses fatores que me deram ânsia de viver. Toda vez que ele me batia, toda vez que dizia que meus treinos de musculação eram uma bobagem, que eu deveria fazer algo útil e sair para cortar lenha, toda vez que ele me desaprovava ou constrangia, essas coisas alimen­tavam o fogo que eu tinha no ventre. Era o que me fazia avançar e me motivava.

8. MUDAR EXIGE CORAGEM. Quando eu estava em missão comercial em Moscou, durante meu último ano como governador, reservei um tempinho para visitar o ex-secretário-geral soviético Mikhail Gorbachev em sua casa. Tínhamos ficado amigos ao longo dos anos, e eu fizera um discurso e me sentara com ele em sua festa de 80 anos em Londres, alguns meses antes. Irina, sua filha, preparou um al­moço para nós dois e vários amigos do Instituto Gorbachev. Passamos pelo menos duas horas e meia comendo.
Sempre idolatrei Gorbachev pela coragem que ele teve ao desmantelar o siste­ma político no qual foi criado. Sim, a União Soviética estava com problemas fi­nanceiros. Sim, Reagan havia exaurido o país e os soviéticos estavam acuados em um canto. Mas o fato de Gorbachev ter tido peito para abraçar as mudanças em vez de oprimir ainda mais seu povo ou começar brigas com o Ocidente sempre me impressionou. Perguntei a ele como tinha conseguido. Como fora capaz de mu­dar o sistema após ter sido doutrinado desde a infância a ver o comunismo como solução para todos os problemas, e depois de alcançar uma posição de liderança no partido na qual era necessário demonstrar paixão pelo sistema o tempo todo? Como conseguira ter a mente tão aberta? “Trabalhei a vida inteira para aperfeiçoar nosso sistema”, disse-me ele. “Mal podia esperar para chegar ao cargo mais podero­so, pois pensava que nesse momento poderia resolver problemas que só o líder pode resolver. Quando cheguei lá, porém, percebi que precisávamos de mudanças revo­lucionárias. As coisas só eram feitas se você conhecesse alguém ou pagasse a alguém por debaixo dos panos. Que sistema era esse? Estava na hora de acabar com aquilo tudo.” Talvez sejam necessários 50 anos para as pessoas entenderem o que Gorba­chev conquistou. Estudiosos debaterão para sempre se ele fez tudo como deveria. Eu não vou debater isso; simplesmente achei incrível o que ele fez. Fico perplexo com a coragem demonstrada por esse homem não em troca de uma gratificação imediata, mas para buscar o melhor rumo para o país em longo prazo.
Para mim, Gorbachev é um herói do mesmo quilate de Nelson Mandela, que su­perou a raiva e o desespero de 27 anos na prisão. Quando lhes foi dado poder para sacudir o mundo, ambos escolheram não destruir, mas sim construir.

9. CUIDE DE SEU CORPO E de SUA MENTE. Um dos primeiros conselhos que per­maneceram na minha mente foi o de Fredi Gerstl, inspirado em Platão. “Os gre­gos criaram as Olimpíadas, mas também nos deram os grandes filósofos”, dizia ele. “É preciso construir a mais refinada máquina física possível, mas também a mais aguçada máquina mental.” Concentrar-me no corpo nunca foi um problema para mim, e mais tarde me tornei realmente curioso em relação ao desenvolvimento da mente. Entendi que ela é um músculo que também deve ser exercitado. Assim, deci­di treinar meu cérebro e ficar inteligente. Tornei-me uma verdadeira esponja e pas­sei a absorver tudo à minha volta. O mundo se tornou minha universidade, e desen­volvi uma grande necessidade de aprender, ler e acumular conhecimento.
Para quem se destaca pela inteligência, o contrário se aplica. Essas pessoas preci­sam exercitar o corpo diariamente. Clint Eastwood pratica exercícios físicos mesmo quando está dirigindo e atuando em um filme. Dmitri Medvedev trabalhava horas a fio quando era presidente da Rússia, mas tinha uma academia em casa e malhava duas horas por dia. Se os líderes mundiais têm tempo para isso, você também tem.
Muitos anos depois de Fredi Gerstl, o papa me falou sobre a mesma ideia de equilíbrio. Fui visitar o Vaticano com Maria e os pais dela em 1983, e tivemos uma audiência particular com João Paulo II. Sarge falou sobre espiritualidade, porque era especialista nisso. Eunice perguntou ao religioso o que as crianças deveriam fa­zer para se tornar pessoas melhores, e ele respondeu: “Rezar. Só isso.”
Eu conversei com ele sobre sua rotina de exercícios. Logo antes de viajarmos, eu tinha lido um artigo em uma revista que contava como o papa era atlético e elogiava sua excelente forma física. Para ele, além da religião, a vida consistia em cuidar tanto da mente quanto do corpo, então ele começou a falar sobre isso. Era conhecido por acordar às cinco da manhã, ler jornais em seis idiomas e fazer 200 flexões e 300 abdo­minais, tudo antes do café da manhã e do início de seu dia de trabalho. Ele também era esquiador e continuou a praticar esse esporte mesmo depois que virou papa.
Na época, João Paulo II já estava com mais de 60 anos, 27 a mais do que eu. Pen­sei: “Se esse cara consegue, vou ter que acordar ainda mais cedo!”

10. SEJA ávido. Tenha fome de sucesso, faça questão de deixar sua marca, deseje intensamente ser visto e ouvido, e por ter influência. À medida que for avançan­do e alcançar o sucesso, não se esqueça também de ser ávido por ajudar os outros.
Não fique se vangloriando pelo que já realizou. Muitos ex-atletas passam a vida falando sobre como eram incríveis 20 anos antes. Alguém como Ted Turner, po­rém, passa de administrador da empresa de anúncios em outdoors do pai a funda­dor da CNN, organizador dos Jogos da Amizade, criador de bisões, fornecedor de carne de bisão e detentor de 47 títulos universitários honoríficos. É isso que chamo de ser ávido. Bono Vox começou como músico, depois comprou músicas de tercei­ros, em seguida trabalhou no combate à aids e na criação de empregos. Anthony Quinn não ficou satisfeito sendo apenas um astro de cinema. Ele quis fazer mais: tornou-se um pintor cujas telas foram vendidas por centenas de milhares de dó­lares. Donald Trump transformou a herança que recebeu em uma fortuna 10 ve­zes maior, depois se tornou apresentador de TV em rede nacional. Sarge viajou o mundo até o fim da vida, sempre ansioso por novos projetos.
Muitas pessoas talentosas simplesmente se acomodam. Ficam desejando ainda ser alguém, e não apenas falar sobre o passado. A vida é muito mais do que ser o melhor em algum quesito. Aprendemos muita coisa quando somos bem-sucedi­dos, então por que não usar o que você já aprendeu, lançar mão de seus contatos e fazer mais coisas com eles?
Meu pai sempre me dizia: “Seja útil. Faça alguma coisa.” Ele tinha razão. Se você tiver um talento ou uma habilidade que o deixem feliz, use-os para melhorar seu bairro. Se ainda sentir vontade de fazer mais, vá em frente - terá tempo de sobra para descansar quando estiver no túmulo. Viva uma vida de riscos, uma vida ousa­da, e, como disse Eleanor Roosevelt, faça diariamente algo que lhe dê medo.
Deveríamos todos nos manter sempre ávidos!

Bem é isso aí, até a próxima! 

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Meu novo Trabalho de merda - Adendo 2

Vai lá prepara um lanche, coisa leve para não engordar, se acomoda e fica bem confortável, presta muita atenção e vem com o tio. Hoje lhes trago o que eu espero ser o último post sobre o Meu Novo Trabalho de merda, ele pretende ser bem looongo e mais dramático que final das novelas da globo. Já que, tentarei resumir o que passou nesses quase 6 meses de merdas inacreditáveis ocorridas nesse meu inferno celetista.

Carteira de trabalho, CLT, escravo, algemas, escravidão
Fonte: Geração de valor

Peço desculpas pela quantidade de palavrões que foram escritos neste post. Não há uma forma menos amena de expressar os sentimentos que eu passei nos momentos descritos.

Para começar irei recapitular uma coisa que esqueci de descrever nos posts anteriores e que me deixou muito puto logo nas primeiras semanas de trabalho.

Os concursados sempre tem a mania de fazer um grande café da manhã onde todo mundo colabora com alguma coisa. Eis que de repente surge em minha mesa uma lista com os itens deste café da manhã com o nome de algumas pessoas ao lado.
Olho para aquela lista negra da inquisição e fico?!
Mas que merda é essa, só tenho poucas semanas nesse lixo, nem recebi o primeiro salário e já tem um eventinho de confraternização com quem eu mal conheço e nem faço questão de conhecer? PQP!!!

Não gosto de ninguém nessa porra, não posso realizar meu networking e ainda que fizesse não teria resultado nenhum.

Fui passando o olho por aquela listagem e a cada item que eu acabava de ler me dava um estalo na coluna e um calafrio diferente.
Era queijo, presunto, suco de caixa, suco natural de uva, Coca-Cola, brioche etc. E eu queimando neurônio pensando no que poderia levar de barato, só para não se passar pelo esquisitão chatonildo logo no primeiro mês, tudo o que era barato e eu pensasse em comprar já tinha o nome de alguém do lado. Quando observei uma linha com 15 pães de sal em branco, coloquei meu nome correndo antes que algum outro pudesse colocar.
No dia seguinte (sim isso foi pensado para ser rápido e não existir arrependimentos), chego à senzala com os 15 pães quentinhos e todos elogiam, por sorte achei uma padaria aberta barata perto do trampo.

Começo a trabalhar como um bom escravo. Pego as 8:00 então teria que esperar com fome até as 9:00 que é quando todos chegam.

Dá o horário e o café da manhã começa. Eu ainda sem terminar minha caixa de lixo, paro onde estou, vou para o canto onde estão os comes e bebes e tomo um susto ao ver um mulão¹ quase se esbofeteando por comida. Depois de ver o movimento, dou meia volta, vou ao banheiro lavar as mãos e quando volto ainda está ocorrendo a muvuca.
Eu achava que por serem concursados, teriam mais um pouco de educação, mas não, chimpa é chimpa não importa a quantidade de instrução e adestramento. Adentro aquele mar de bonobos e pego meu pãozinho com pasta de salmão, um copo de suco de laranja (água e açúcar encaixotado), sento-me em cima de um gaveteiro e volto a falar com os chimpas de mesmo status. Vou para um segundo round e depois e volto ao trabalho.
Continuando o post anterior:

Leia este post para entender de onde parei.

Na sexta do ponto facultativo, já dou de cara com a faxineira do andar.
-Rose (nome fictício) você está fazendo o que aqui?
- Ah meu filho, vim trabalhar ué, ainda tenho que vir amanhã (sábado).
-Nossa que merda né? Pelo menos hoje não vai ter ninguém te perturbando. Hahaha

Incrivelmente quando adentro o calabouço da tortura, vejo alguns concursados em suas baias.
Pensei: hmmm, estranho, mas tudo bem, eles devem ter algum “trabalho” atrasado para fazer.
Chego a minha baia, dou uma respirada funda e sinto a paz do local.

Nenhum chimpa por perto para soltar piadinhas, ficar perguntando sobre minha vida ou coisas idiotas do trabalho que eles deveriam saber ou me pedindo para que eu contasse alguma piada.

Pego a chave do depósito de merda, entro no recinto, pego minha caixa de deixei de terminar na quarta e começo a terminá-la.

Enquanto estou terminando minha caixa, observo outros concursados chegando e por algum motivo começa a me bater a neura.
O andar está ficando cheio, eu sou o único da terceirizada aqui, será que o playboy suburbano não vem? Será que eu vou ser o único otário desse lixo trabalhando hoje?

Aí em minha mente se materializam o anjo e o diabo.
Diabo: Faça seu networking, mostre como seus coleguinhas de trabalho são preguiçosos e como sua chefa é filha da puta. Pois ela mesma faltou em um ponto facultativo enquanto todos os concursados apareceram para trabalhar.
Anjo: Deixe para lá, você não conhece ninguém aqui, nem troca palavras com eles, algum deles mesmo já tem amizades de copo com sua chefa, o máximo que você vai conseguir é ficar queimado aqui.  Você tem que ainda completar o período de experiência.

Fico quieto na minha, fazendo minha caixa tranquilamente. Sem perturbação nenhuma e pensando na vida de merda que eu ando levando. Para minha sorte, os conteúdos das caixas estavam novos (coisa de 5 anos) e fáceis de fazer (nada perfurante ou contagioso).

Quando estava terminando, por volta das nove da manhã chega o playboy suburbano.

-Fala, aí P.S. beleza?
-Beleza cara, até que enfim você chegou, eu já estava pirando aqui, achando que seria o único trouxa da empresa a aparecer aqui.
-Nada, eu não disse que vinha? Então, estou aqui!

Voltei ao trampo e ele a enrolar. Enquanto ele fazia sua caixa a passo de tartaruga comendo amanditas eu pegava algumas dele. Ainda fiz 2 itens de sua caixa como forma de agradecimento.

Gordura hidrogenada aromatizado artificialmente sabor chocolate.
Paga eu Lacta!

Papo vai, papo vem, a gente começa a conversar sobre a sexualidade de nossas coleguinhas de trabalho. Teorias pra lá, teorias para cá. Ele acaba soltando que conheceu nossa chefa através de sua irmã.
SIM amigos!!!! Graças à iludida fofoqueira acabei tirando duas informações de uma vez. Primeira a que minha chefa é sapatona (só suspeitava pela sua forma de andar) e ainda por cima namora com a irmã do Playboy suburbano.

Estava aí a explicação de ele viver enrolando, indo à enfermaria dando a desculpa que estava doente e inventando de ir ao dentista para deixar de trabalhar.

“Através de currículo e entrevista.” Aham sei.

E o que isso tem haver P.S?
Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...
E como a iludida fofoqueira começou a desconfiar? Simples, a idiota da minha chefa adicionou o pai do Playboy suburbano no Facebook. Tá vendo aí, mais um motivo para que não tenhamos redes sociais?
Os chimpas irão tentar te julgar através de seus comportamentos, fotos e postagens nesses lixos. Tentarão achar brechas para poder te conhecer melhor para tentar se mostrarem superiores. Como não tenho, posso ser qualquer um em qualquer ambiente, afinal de contas não existe uma porra de uma linha do tempo denunciando meus pensamentos, ideologias políticas, vida social e etc. Você é exatamente quem você quer (ou consegue) demonstrar aos outros.
+- 4hs o chimpa manda um WhatsApp a sua cunhada perguntando se estaríamos livres, já que tínhamos feito a quantidade necessária de caixas para segunda. Então enviamos e-mails e metemos o pé.
Final do mês de abril

Chega o novo gerente do projeto. Um gordo tetinha, míope, cabelo repartido ao meio, desleixado com a aparência e evangélico fervoroso. Pelo que soube sobre sua vida pessoal construí um relatório perfeito de como ele é um cuckold.

Já chegou fazendo medo aos preguiçosos protegidos pela chefinha. A primeira coisa foi fazer uma reunião exclusiva com eles e depois entrevista individual com cada um. Só que não existia a liberdade de falar o que quisesse a chefa estava a todo momento ao lado do tetinha com o próprio olhar do cão para quem estava sendo entrevistado não soltar uma única palavra que denunciasse as suas limitações como gerentona.

Cada bate-papo demorava cerca de 2 horas, isto porque ele passava 1:30 só falando da vida dele, de como deus foi maravilhoso e por todas as benesses que ele tinha conquistado e etc. Não porque ele conquistou tudo aquilo pela sua capacidade de ser um bom escravo, trabalhar duro (conseguir ser reconhecido) e juntar uma grana para comprar uma filial desse lixo e botar outros retardas para enriquecer ele.

Como sempre, o chefinho chegava lá para 10:00 quando todo mundo já estava meio baleado já pensando no almoço e passava falando sobre sua vida e botando a culpa do fracasso do projeto nos chimpas até as 14. Isso em vários dias seguidos. Os chimpas saiam desnorteados de tanto esporro que ouviam.

O chimpa roceiro não entendia porque eles andavam tão bem, recebendo elogios por estar batendo todo mês as metas e de repente, assim do nada, começarem a tomar esporro por nunca terem batido meta e o projeto só dar prejuízos.

Como eu disse em posts anteriores, não se pode confiar no que minha chefinha queridinha diz.
A meta era X, sempre batiam e recebiam elogios, de uma hora para outra a meta passou a ser 2x, pois abaixo disso a empresa só tomava prejuízo e x era para não tomar multa da contratada. De repente chegando a 2x a meta passou a ser 2.5x com outra desculpa.
Você não imagina quantos dias eu tive o almoço atrasado esperando para ter essa reunião para me livrar logo desse lixo.

Acabou que as pessoas que realmente queriam ser ouvidas. Eu e a Iludida fofoqueira, não foram entrevistados. De quebra o tetinha ainda colocou um o Severino da empresa junto com a estagiária mignonzinha para supervisionar nossas caixas para ver se tinha muito erros, pois isso estava atrasando a 2º etapa.

Eu já tinha o roteiro em mente:
-Não, preciso disso aqui, estou vendendo minha vida por mixaria, esse projeto está errado desde o começo, não há nada que você possa fazer, não venha me culpar pelo seu fracasso!
Não ganho comissão pra ficar me matando para fazer mais caixas! Pode me mandar embora!

Mas não, todos foram entrevistados, menos eu e ela. Provavelmente por medo de a chefinha achar que a gente poderia jogar a merda no ventilador. Demonstrar tudo o que há errado em seu comando.

Reuniões terminadas. Com as cobranças aumentadas, agora era de praxe o pessoal da segunda etapa (protegidos) ficarem quase 12 horas no trabalho. Eu já tinha mudado minha postura, agora mais sagaz e entendedor das malandragens, quando o relógio bate o horário de saída, bato meu ponto (mando email) e  vou embora. Que se foda essa merda.

O Playba suburbano de tanto tomar martelada entrou em modo de “tenho que produzir”, era muito engraçado o ver tentando bater meta e enrolar menos. Esse gás só demorou uma semana.
Nesse tempo as reuniões com os bonobos cessaram e não tivemos a reunião com os separadores de lixo. Para resolver isso a nossa gerente simplesmente nós reuniu e passou um resumo do que foi dito nas reuniões. Depois o próprio chefe tetinha fez uma reunião com a conserva e depois com todos reunidos. Como sempre uma reunião para falar um monte de besteiras sem um objetivo comum ou foco. Essa reunião só foi boa para perceber o quanto ele mesmo é fraco (se esconde atrás de uma máscara) e não entende porra nenhuma de gestão.

Nesse meio tempo o playboy suburbano mudou de função indo para a área mais limpa, enquanto isso o Isentão é transferido para nossa baia.

Ele já chega reclamando da vida, o quanto está cansado e etc. A Iludida fofoqueira começa a sondar o que ele foi perguntado na entrevista e o que ele respondeu e etc.

Ele só respondeu que estava procurando alguma coisa na área dele.

Nessas loucuras o playboy roceiro começa a ficar triste pelas merdas que estão acontecendo em nossas vidas. Na hora do almoço ele solta que tem um amigo trabalhando em um estado no sul do país e que ele já tinha visitado a capital e que tinha gostado demais, a vida era completamente diferente. Não o lixo que a gente leva nesse estado de merda. Logo depois ele já estava pensando em pedir demissão. Todos nós falamos para ele pedir para ser mandando embora e não ser trouxa de pedir.
Apesar do Isentão ser vermelhinho,  petista, diferentemente dos bonobos do Facebook ele consegue criar alguns argumentos estruturados. O mais engraçado era ver a iludida fofoqueira e a conserva o perturbando por ser do time Bolsonaro. #TeamJeAnus ou #TeamBolsomito?
O cara me perturbava todo santo dia, mas com uma boa ideia.
Se você estiver sem ideia de negócios para fazer esse pode ser uma luz. Anota aí!

Cachorro quente prensado!

Isso mesmo! Lá pela periferia, bem longe do centro quase em outro município já, tem um sulista que vende cachorro quente preparado na chapa, barato, com muito recheio e incrivelmente gostoso. É impressionante o quanto o cara fatura.
Só o que você precisa é de uma barraca ou um carrinho com uma chapa e o material! Não tem nada complicado!

Aí tem um dos outros macetes de quem é empregado não conhece e o governo/mídia irá fazer de tudo para ofuscar as informações da grande massa.

Como empreendedor individual, você só paga o valor fixo de R$ 59,95 para o INSS e mais R$ 1,00 de ICMS. Não deveria pagar nada, mas ainda é melhor que aqueles 50% de imposto que você paga para o governo anualmente como empregado.
Fonte: SEBRAE

Dica: Não vá na onda do SEBRAE, eles colocam tantos passos e tantos processos que você desiste de fazer só na leitura das dicas deles. Comece primeiro, sinta como funciona o comércio primeiro e só depois busque informações para moldar o negócio.

Quem sabe faz. Quem não sabe, ensina.

Rei dog, cachorro quente prensado
Transformando colesterol em ouro!

Para mais informações procure no Google porra!


Enfim...
A única coisa que ocorreu nesse tempo bom foi que a meta de caixas passou a ser da “equipe” e não dos núcleos (separadores de lixo e protegidos). O gordo tetinha botou uma meta que conseguimos bater, pois além de ser alcançável o prêmio era um rodízio. A princípio não se sabia do que seria (carnes ou massas) e aonde seria, mas mesmo assim os chimpas ficaram loucos! Acostumados a venderem o vale refeição para pagar as contas e comerem só marmita o mês todo, ficaram com sangue nos olhos e fizeram de tudo para bater meta.

Como em qualquer empresa na rádio pião as notícias saem primeiro, descobrimos que seria um rodízio de pizzas. Então eu com minha bola de cristal, fiquei falando com os mais próximos: -Dúvido que seja algum rodízio bom, deve ser qualquer um desses de R$ 20,00. Um rodízio de pizzas que presta custa no mínimo R$ 30,00, duvido que ele pague um desses. Bando de mendigo, se matando por comida. Se quiser eu mesmo vou lá à esquina e pago um. Estou pensando até em não ir.

Nesses dias eu estava mais puto ainda, pois escutei a fiscal do contrato passando pelo zoológico (nossas baias) falando com uma coleguinha de trabalho que a gente tinha recebido treinamento e recebia pela quantidade de caixas feitas. PQP. Que filha da puta mentirosa (assim como o resto daquela empresa). O treinamento que a gente recebeu foi: Senta aí e faz, lê esse guia e se vira, depois volto aqui e vejo se está certo. Receber por caixas feitas? Só a empresa, eu não recebo um centavo a mais ou a menos por fazer mais ou menos caixas.

Chegou o dia do tão esperado rodízio e não deu outra. Foi anunciado que seria no Restaurante Broz. Para quem não conhece é um restaurante até legalzinho. O preço é salgado principalmente se você quiser impressionar alguma vadia.

Então Fomos à sede que fica a cerca de 3 quadras do meu posto de trabalho, esperando a chefinha chamar o gordo tetinha para irmos ao rodízio. 5 minutos de espera e nada, 10 min de espera e nada, meia hora depois desce ela falando para nós irmos parar o restaurante que depois ele apareceria.
O Isentão como sempre estava reclamando e desesperado, pois ainda teria que ir para sua uniesquina estudar a sua engenharia de pegar na graxa.

Chegando lá percebi que éramos os únicos naquele restaurante, mas é claro que isso iria acontecer, fomos em um dia de semana no fim de mês e de pouco movimento.

Sentados toda a mesa e as pizzas já passando. Na rua passa um bloquinho de Chupadores de bolas do estado, fazendo uma “manifestação” contra o impeachment, chamando temer de golpista e etc. O Isentão fica todo alegrinho na mesa, cantando as musiquinhas e tudo. Eu só falando: Menos, cara, menos. (porra como isso é antigo, já se foram 4 meses!!!)

Nunca tinha comido umas pizzas tão ruinzinhas, sem recheio, massa queimada e pouca variedade. Da última vez que tinha ido a um restaurante desta franquia a experiência não tinha sido tão péssima. Para você ter uma ideia, me deu até uma pequena depressão ao ficar caçando recheio naquelas tortilhas que chamavam de pizza.

Pizza de tortilha
Pegue esta foto, queime as bordas e diminua o recheio que você terá a pizza que apreciei naquele dia.

O pior, a má vontade dos garçons era tão grande que jogavam as pizzas em nossos pratos. Vinha sempre com os mesmos sabores e mesmo pedido algo diferente era difícil o pedido ser atendido.
Na hora de ir embora adivinha o que tínhamos que fazer? Pegar o cupom do Peixe Urbano com a chefinha ao qual o chefe tetinha já tinha pagado para cada um R$ 20,00 equivalente ao rodízio.

Puta que pariu! Eu devia ter essa antevisão de merdas acontecerem voltada para investimentos e loterias, nessas horas nem estaria escrevendo esse texto. Tá aí a explicação de o porquê este rodízio ter sido tão mixuruca.

Mesmo mais tarde o restaurante continuava vazio, só tendo mais uma meia dúzia de pessoas além da gente. O que me impressionou é que depois pesquisando sobre a rede de restaurante constatei o que eu já desconfiava. A de que o atendimento é realmente ruim para pessoas que vão pelo peixe urbano. O que eu tiro disso? Gestão ruim assim como tantas outras empresas que não cuidam direito de seus produtos, serviços e imagem.

Prosseguindo...
Durante o restante do mês, o Isentão nos deu informações sobre o funcionamento da segunda etapa do processo, como a chefinha o pressionava, fazia cobranças e etc. A rádio pião já estava sabendo que alguém ia ser mandado embora e ele já desconfiava que fosse a bola da vez.

Enquanto isso consigo bater umas das metas individuais que era praticamente impossível que eu batesse, pois diferente dos outros eu faço direito para depois não ter que ter que refazer (os outros faziam de qualquer jeito para bater meta, foram descobertos vários erros meses depois).

Nessa meta ficou acordado o seguinte: Quem a conseguir bater com o número de caixas x tem direito a folga na sexta. Não pensei duas vezes né? Uma folga remunerada é tudo o que eu precisava. Como tudo nessa empresa tem uma pegadinha, não foi dito que seria descontado o vale transporte, vale refeição e as horas do banco de horas. O que aconteceu? A primeira a tirar foi a iludida fofoqueira. Quando ela soube disso foi um escarcéu, não só ela como todos da equipe também acharam injusto. A empresa deu a folga como bônus, mas tirou todas as outras coisas que poderiam ser um benefício pelo desempenho.

Nesse mesmo tempo, a chefapatona começa a tentar postergar com a fiscal do contrato a preparação de caixas que viriam de um formato diferente. Pois para nos separadores de lixo seria muito mais fácil de bater a meta e para o pessoal da segunda etapa seria bem mais trabalhosa. No momento em que estava acontecendo isso, eu não desconfiava de nada, mas uma coisa eu tinha certeza, se ela estava achando ruim é porque seria bom.

Por causa dessa postergação, começa a haver a falta de caixas e sou direcionado a realizar as atividades da 3ª etapa. Nessa não há nenhum tipo de contato com essas malditas causadoras de urticárias. O trabalho é realizado somente no PC. Aleluia irmão!

Passasse alguns dias o playboy roceiro finalmente pede demissão.  Três dias depois que ele compra sua carta de alforria, aparece um indicado da supervisora (não a descrevi nos outros posts, mas tudo o que posso dizer é que ela também é sapatona e estudante de engenharia civil).

Dino da Silva Sauro
É lésbica porque é gorda ou é gorda porque é lésbica?
Obs.: Ela anda igualzinho ao Silva Sauro.

Um cara completamente com os nervos afetados. Faz publicidade na mesma unidade que minha supervisora. Eu só não entendi até o momento o que ele resolveu fazer lá, já que em um único Job que ele faz, já paga o salário de um mês inteiro de senzala. A desculpa dele é que queria algo com pagamento certo todo mês.

Dizem que quem fuma ou é maluco ou é viado. Esse cara é os dois, mesmo não demonstrando nada no ambiente de trabalho. Sabe como descobriram? Simples a minha chefapatona, a Sapata gorda, a sapatona bostanejo hindu e outro personagem que eu ainda não descrevi aqui (morcegão), foram beber e ele foi junto. Ao chegar a certo grau etílico ele simplesmente não conseguiu segurar o brioco e soltou a franga. No trabalho ele se comporta igual homenzinho, fica contido, mas é só beber para o fiofó piscar. O chamarei daqui para frente de Lek Vi(ado).

Spy TF2
Mais outro espião para chefinha...

A chefapatona como sempre mentido, falou que ele foi contratado para dar um gás no meu núcleo. Porra nenhuma, como foi indicação, pela desculpa de falta de caixa,  foi mandado direto para a 3ª etapa, limpinha, mais fácil e com possibilidade de tirar um cochilo entre cada etapa de cada item de uma caixa (além dos computadores serem lentos a internet bosta ajuda). Em uma conversa franca com ele, o mesmo informa que foi pura coincidência ele parar na mesma empresa que a Sapata Gorda e que a só conhecia porque tinha trabalhado há muito tempo com ela em outra empresa.

Quanto ao playboy roceiro, comprou as passagens para o sul para fazer um curso voltado a estruturas prediais, no começo de agosto desembarcou e logo no primeiro dia só para estrear pegou uma LCR.

Em duas semanas o que o isentão já estava prevendo se concretizou. Ele foi demitido e no mesmo dia a anãzinha barraqueira veio criar problemas comigo. O maldito foi embora no meio da tarde deixando metade da caixa ainda para fazer. A Chepatona chega para mim e diz: -P.S. você já sabe que o Isentão foi mandado embora né? Então estou passando a caixa que ele deixou de fazer para você ok? Eu: -Tá ok.

E quando estou a um item de terminar minha caixa vem a favelada me perturbar perguntando se eu já tinha terminado. Onde estava a identificação da caixa e o caralho a quatro. Eu só respondi: -Não sei, procura aí nessa bagunça, eu já estou terminando aqui e já te dou.

Os outros chimpanzés mais adestrados, quando queriam adiantar seus serviços vinham a mim e me perguntavam se podiam pegar o que eu já tinha concluído e levavam. Não ficavam me atazanando nos ouvidos, tirando a minha atenção de algo que eu já estava puto, pois estava já batendo meu horário de saída e ela me atrasando.

Ela sai de minha baia esbravejando, em 2 minutos eu termino a maldita e vou para o depósito para entregar a ela (era a única pessoa da 2ª etapa que estava trabalhando naquele horário, todos já tinham ido embora). Nisso ela me solta ignorâncias e eu não deixo por menos.  Por alguma coincidência maldita do destino ela me chamou da coisa que eu mais odiava no colégio, meu sangue subiu e só não mandei ir para a casa do caralho, pois ainda não tinha ainda completado os 3 meses (ainda vou fazer cinco no dia da publicação deste post [já estou indo pro 7º mês]).

Volto para minha baia para verificar o que o isentão já tinha feito e deixado de fazer. O maldito era tão enrolão que não tinha feito 1/3 da caixa!!!! Nisso eu observo a anã indo em direção à baia da chepatona fazer fofoca. De cabeça quente eu já penso. PQP mais essa para segunda-feira. Arrumo as coisas para ir embora, jogo a caixa do isentão na área de incompletas para segunda e vou-me embora.

Você não sabe o quanto eu pensei nas coisas que iria responder para a chefinha na volta do fim de semana. Você pode pensar em um milhão de possibilidades, um milhão de respostas já prontas para responder, mas sempre ela virá com algo inusitado que você ficará sem resposta.

Chega a maldita segunda, começo a fazer a caixa incompleta de sexta, adivinha quem já estava no local de trabalho antes do horário? Sim a anã barraqueira e a chefinha que nunca chega no horário, resolveu chegar cedo no dia.

Nisso minha chepatona chama para o depósito para conversar. Eu doente cheio de caganeira por causa de caixas mofadas e velhas que eu já vinha pegando há algum tempo me deixaram mais frágil do que o normal. Então ela começa as mentiras.

-Eu te dei uma caixa do isentão para fazer na sexta, fiquei sabendo que você se negou a fazer (eu a cortei dizendo que não foi isso que aconteceu [encostado nas caixas mais próximas], em voz alta e claramente puto).

Ela: O pior não foi isso, foi que a barraqueira foi pegar a sua caixa e você se engou a entregar. De novo eu a corto puto pra caralho dizendo que não foi isso que aconteceu.

Caralho eu naquele momento eu já estava tremendo de tanta raiva. Era muita filha da putisse para uma pessoa só. Dei uma meia-respirada e deixei-a terminar com as mentiras para depois a responder.

Ela: O pior não foi isso, foi você voltando para responder a ela. Não gostei desse seu comportamento. Não é legal termos conflitos, somos uma equipe.

Nisso as porras das pernas tremendo (ainda bem que eu estava com uma calça larga no dia) contei a minha história do acontecimento, mesmo sabendo que ela não se importaria com a minha versão. Já que eu não sou o repórter ego dela e ainda fui contratado no lugar de algum queridinho dela.

Passou-se uma semana e todos os amiguinhos do núcleo da equipe dela (os separadores de lixo não são) ficaram me tratando como se fosse o monstro opressor.

Vocês não sabe o gosto que dá, sabendo que as pessoas sentem medo de você. Mas ao mesmo tempo fiquei preocupado com as merdas que a chepatona inventou para eles.

Enfim, na semana seguinte ficam faltando caixas e mais caixas, pois a chepatona ficava pedindo para as “difíceis” não virem, pois estas seriam as caixas que demoram a serem feitas e atrasaria todo o serviço, então a muito contragosto ela me joga para a 3ª etapa enquanto não surgem as caixas normais.

Passam-se alguns dias e ela sem conseguir mais segurar por mais tempo, me manda de volta a separação de lixo, mas dessa vez no mesmo ambiente que a barraqueira e de frente a ela, com apenas uma meia-divisória nos separando (odeio open office com todas as minhas forças).

Vocês não imaginam como eu estava me sentido. A chepatona finalmente estava ganhando, me torturando com a barraqueira falando merda o dia inteiro e a chefinha contando suas histórias inventadas e sem graça para sua supervisora obesa mórbida e falando palavrões sem motivos aparentes. Numa dessas, ela solta uma dizendo que não consegue ver sangue que já passa mal.

Caralho? Ela não tem buceta? Ela não gosta de buceta? Como ela não consegue lidar com sangue? Isso é só para ver o nível da coisa.

Deixando de lado esses fatos era uma maravilha fazer aquelas caixas, estava conseguindo fazer 5x vezes mais do que era o normal. Mas mesmo que a chepatona tenha tentado segurá-las, continuava faltando, pois a pessoa que as identificam antes de mandar para nosso setor estava passando por dificuldades em seu relacionamento (tinha se separado do badboy dela [amiga da chepatona também]), então ela demorava a entregar e muitas vezes entregava erradas (acontece até hoje) o que de dava mais trabalho do que eu já tinha, corrigindo seus erros. Então eu voltava para a 3ª etapa até que aparecesse mais caixa para fazer.

Como ainda estava rolando as metas, eu meti a bronca e bati a meta na quarta-feira mesmo. Já mandei para ela: Sexta não venho! Chepatona: -Mas você vai ser descontado no VR e VT. Eu só respondi. -Não me importo, vou passar o dia no banco. Não Sei que horas eu vou sair e preciso descansar.

Beleza. Sexta-feira, problema de banco resolvido de manhã mesmo o resto do dia foi só descanso! Naquele mesmo dia a conservadia folgou também, ela será outra que daqui a pouco meterá o pé para trabalhar por conta própria.
Na semana seguinte avinha o que aconteceu? A chefinha cortou as folgas, por não termos caixas para fazer com a desculpa que não conseguiríamos bater a meta do mês.

Nisso ela convoca mais uma reunião individual inútil perguntando para cada um se tinha visto alguém tratando sua braço direito sendo mal tratada.

Falsa como sempre, relembrou dos problemas da semana que tinha passado, me elogiou, pois se surpreendeu com a quantidade de caixas que eu tinha feito. Aí veio a saraivadas de criticas, dizendo que eu estava reclamando demais, xingando as caixas e que aquilo a desmotivava, a fazia trabalhar pior e que queria poder me ajudar, pois sabia que aquela caixa estava difícil, mas que não podia. No final fez a pergunta de x9, mas eu não tinha nenhum nome (foda-se eu não ganho para fazer fofocas).

Adivinha o que eu descobri na hora do almoço conversando com os outros chimpas? Que ela tinha dito para todo mundo que eu a desmotivava com meu comportamento xingando as caixas.
Nesse papo o playboy suburbano fica puto comigo. Disse que era para eu ter esculachado com a Barney. Ele tinha dito que sua braço direito era uma falsa e que ela deveria tomar cuidado com ela, pois poderia passar a perna nela. Só não falou mais porque não se lembrou na hora. E que era para eu ter feito o mesmo.

Porra, eu estava em um dia bom, daqueles que nada me aborrece a filha da puta ainda massageia meu ego como ninguém tinha massageado há anos. Não tinha como sair qualquer coisa negativa naquela reunião, mesmo com ela fazendo aquelas críticas bestas depois.

O mês termina com a meta batida bem acima do esperado, as caixas estavam extremamente fáceis de fazer para todo mundo. O que ela faz na hora de fechar e passar a régua?  Diminui a quantidade realmente feita no relatório que é mandando para o chefe (Zé Bunda). Sabe com que desculpa?  Se ele soubesse a real quantidade de caixas feitas ele iria aumenta a meta e as cobranças.

Tá cara pálida, mas quem sairia prejudicado se você contasse a verdade? Só seus amiguinhos preguiçosos né?

Nisso eu sou abençoado e mandando para bem longe dela praticamente do outro lado do andar. Abençoado, pois deixaria de ver sua cara enfezada todo dia e não passaria mais o calor infernal naquele lugar (o único lugar aonde o ar-condicionado não funciona é no núcleo de seus protegidos e sua baia).

Não bastava ser quente igual ao inferno, ainda tinha que encarar a besta fera de frente à min. Chegando tarde com um desculpa diferente todo dia, ficando 2 horas no almoço com a desculpa de fazer fisioterapia e ainda saindo cedo.

Do outro lado do andar além de ficar longe de sua supervisão, ainda ficava na área mais fresca e sem nenhum chimpa fofocando e me perguntando coisas idiotas. Minha única preocupação era me policiar com o que eu teria que falar, pois tinha uma amiga de copo delas no mesmo ambiente (A Sapata louca).

Passando um tempo, nos chegam outro tipo de caixa mais chata de se fazer e muito mais demorada que as comuns. O rendimento caiu drasticamente e o Zé Bunda ficou louco. Pois com a quantidade de caixas que a gente teria terminado o mês, não daria nem para pagar os salários dos funcionários e ele teria que tirar de outros contratos para poder nos pagar. Mandou até um Severino da sede para nos ajudar a fazer caixas. Tá aí o porquê da chefinha não devia ter maquiado os números nos relatórios.

Em um bom dia para fuder minha chefinha, o Zé bunda chega e começa conversar comigo, como é que estavam as coisas e etc. Você não sabe o esforço mental que fiz para não sair linha e se passar por uma pessoa normal. Meu cérebro realista só pensava: fode com sua chefa filha da puta, fode com essa filha da puta. Já o meu cérebro tanso ficava, não faça nada, você não quer nada desse lixo de emprego. Resultado? Só repeti os números falsos que ela já tinha falado com os outros chimpas. Ainda bem que quando ele foi para o fundo do andar a sapata louca não estava e eu tinha a conserva para desabafar.

-PQP, como deu vontade de fuder com a nossa chefa, você não imagina a vontade que deu.

Conserva: - Você viu que eu nem dei bola para ele né? Falso. Só vem para cobrar.

Meu estresse chega ao ponto tão alto que meu estomago não aguenta, o estopim para eu ir parar no hospital foi um coquinho doce que a sapata louca trouxe. Terminei o expediente com febre, como sempre, o trânsito de nosso inferno de janeiro não ajuda, peguei um ônibus para casa extremamente lotado e com um trânsito horrível. O ônibus não andava e não parava de entrar gente. Uma velha que estava ao meu lado não parava de se mexer e reclamar do trânsito e eu com o fone de ouvido tentando não ligar para ela ainda conseguia tirar ainda alguns pequenos cochilos, mas o pior não era isso, mas  as pessoas que entravam, traziam a tiracolo seus catarrentos para perturbar e sempre esbarrando em meu ombro.  Parece que as pessoas com filhos tem um radar para aparecer com suas crianças nos piores momentos deixando uma situação ruim, ainda muito pior do que ela já está. Passados uma hora sem sair de dentro da Lapa. Desci do ônibus andei até a central para pegar outro ônibus, pois lá apesar de o trânsito estar lento pelo menos havia um tráfego menos intenso e ainda teria o Plus do ônibus ter um pouco mais de conforto. Foi um percursos de pelo menos 3 km sentido até meus ossos gelados de tanta febre, imerso a fumaça de carros e ônibus desviando de mendigos, cracudos e ladrões. Foi chegar a casa cagar sangue e partir para o hospital, domingo de tarde já estava bom para voltar para o trabalho, que raiva!

Na semana seguinte foi a vez da sapata louca ter uma gastroenterite, ela ficou três dias afastada. Uma coisa que o Lek Vi, chamou a atenção para a Sapata Gorda, foi que ele observou muito bem que a toda a equipe nunca estava junta, sempre tinha alguém doente. Realmente com o trabalho lixo que nós temos fica difícil ter a equipe toda saudável.

Nessas semanas que se passam só demonstram cada vez mais a inutilidade de minha chefa, a mesma não aparece mais a semana inteira no trabalho, sempre dá uma desculpa diferente.

Uma das mais recentes foi a que deu um problema na moto. Ficou 3 dias resolvendo só este problema. Quando vinha trabalhar passava 3 horas no almoço, pois almoçava e depois ia para a fisioterapia com a desculpa de lesão dada pela a arrastação de caixas. Teve um dia que a cara de pau foi tão grande que ela chegou 2hs da tarde com o cabelo espichado como se nada tivesse acontecido.

A situação chegou a um ponto tão extremo de inutilidade que ela convocou uma reunião só para dizer que ela não tinha que dá satisfação para ninguém, que se ela chegava tarde por assistir desenhos animados, se ela ficava na rua resolvendo problema de moto, se ela passava o dia no cartório para vender seu carro era problema somente dela. E que ela estudou para isso! E que o Zé Bunda sabia de tudo. Até o Lek Vi falando comigo depois ficou indignado com essa afirmação. hahaha.

Quando estávamos para acabar a reunião o Zé Bunda chega com toda sua falsidade e sorrisinho escroto perguntado: -É aí como é que estamos?!

-Ah, já estávamos terminando a reunião, já passei o slide sobre a empresa e o projeto (não foi nem 5 min do tempo gasto) e eles já estão assinando para ir para o almoço.

Aí ele já começou com os papos motivacionais de chefes que não sabem porra nenhuma do que se passa abaixo dele. "Vamos focar, preciso da ajuda de vocês, eu sei que vocês são capazes, não conseguimos bater as outras metas (1x, 2x,3x [com os números manipulados nunca que iremos bater]) mas que nessas duas últimas conseguirão, acredito que mesmo com essas caixas piores vocês estão próximos de bater a meta mínima, espero que vocês deem mais um gás para a gente poder aguentar o tranco e etc".

Nisso a chefinha manda outra mentira, disse que tinha deixado acumulado caixa na primeira etapa para deixar um estoque suficiente para a segunda etapa. A verdade era que apesar de ser uma merda para completá-la na primeira etapa do processo, estávamos fazendo na mesma velocidade que antigamente, mas por conter mais itens que as anteriores que a chefinha demonizava tanto, quando chega à segunda etapa há um gargalo que eles não conseguem suprir mesmo automatizando um monte de partes do processo.

Nisso o chefinho fala com a chepatona para fazer um teste com as "novas caixas" que estavam para chegar. Nisso eu sou designado agora para voltar para a baia onde ficava a favelada, só que agora do lado dela! PQP!!!

O playboy suburbano pede demissão, fico mais deprimido ainda, pois vai embora outro colega com quem eu podia conversar quase tudo. Em menos de uma semana aparece outra indicada das chefas que foi direto para a 3ª etapa.
Nesse período meus fones dão problemas, começam a funcionar apenas de um lado. Com a favelada do lado perguntado a todo o momento se o item estava classificado de modo correto, pois se a pessoa que classificou na primeira etapa tiver classificado de modo errado e ela passar para frente, depois seria ela que teria que corrigir.

Como só trabalho com boçal, isso se tornou uma prática diária e constante, vocês não imaginam a perturbação que era. Toda hora ela chamando meu nome para perguntar se está certo, o pior, nunca estava e ela sabia como classificar de tanto corrigir. Não havia motivo para ela ficar me perturbando. Acabava que eu fazia a minha e dos coleguinhas retardados de tabela.

O estresse chegou a tanto que a dor no estômago sempre voltava junto com uma caganeira monstra. Só tenho tempo para me recuperar no final de semana para depois voltar ao trabalho (que vida lixo).

Minha mente já estava completamente esfacelada, a Sapata Gorda e a chefa viviam espalhando para todos que a renovação já tinha sido assinada. Mas eu sabia que era mentira, pois outros concursados que nos cobram coisas me diziam que o contrato ainda não tinha sido renovado.

Aí resolvi comprar um novo fone, para tentar de isolar daquele ambiente podre ao qual eu era obrigado a estar. O maldito apesar de ser interauricular, não tem o mesmo poder de isolamento do que os que vinham com o celular. Ainda por cima um lado é mais alto que o outro o que me obriga ou ficar surdo de um lado e isolar um pouco o barulho do maquinário e a favelada do meu lado. Ou então é ficar só com um lado em volume não ensurdecedor aguentando ela me chamando a todo momento e cantarolando seu péssimo gosto musical.

Nesse feriado das olimpíadas (só aqui no RJ) Logo após a abertura das olimpíadas adivinha o que aconteceu? A chefinha deu outra desculpa. Disse que sofreu um acidente no ônibus no sábado. Só que temos mais um detalhe adicional, ela já tinha faltado na sexta. Na quarta-feira, dia já previsto do chefinho aparecer, de repente ela aparecer como se nada tivesse acontecido. O chefe chega e eu vou para o banheiro, quando eu volto estão contando a quantidade de itens na minha caixa.

Eu só respondo: Aí tem 22 itens a de ontem tinha 21!

Aí eu vou fazer outras coisas enquanto eles estão discutindo e eu só escuto de longe o chefe falando para a chepatona: -Você não disse que iria resolver isso? Iria falar com eles para diminuirem a quantidade de itens das caixas?

Ela só responde: -Mas eu já falei com ela, ela estava diminuindo, só essas que vieram assim.

Só que o Severino, lá do outro lado da sala que estava fazendo a mesma coisa que eu, já tinha dito também para ele que as caixas estavam vindo assim e no momento que o chefe chegou, ele estava fazendo uma abarrotada também. Você não sabe como foi engraçado ver a reação dela se fudendo só um pouquinho.

Então vou almoçar e quando volto adivinha como a chefinha estava? Com uma faixa em um dos pés, mancando e fingindo dor. Engraçado como ela não estava assim de manhã.

Quando ela me deslocou para arrastar mais algumas caixas eu perguntei a ela: -Você não está bem não né?

Ela só respondeu: -Tó com dor no obro, resfriada e etc. Se for para ficar ruim a gente fica logo de uma vez.
Nesse dia ela excepcionalmente ela ficou até o final do expediente.

Calendário de Feriados da cidade do Rio de Janeiro, agosto de 2016
Preste atenção nesse calendário. Se ela veio mais de dois dias em cada semana foi muito!

Sexta-feira logo após o feriado de quebra de semana ela chega mais ou menos umas 11 da manhã, sem a faixinha no pé sem dor, como uma pessoa que nunca tivera uma contusão na vida. Incrível como um dia de descanso pode recuperar uma pessoa de um acidente. Dá a sua hora de almoço ela parte daí e não volta mais.

Calma aí que a história ainda não acabou. Essa novela ainda tem muito pano para a manga.

Medição terminada (relatório do mês fechado), muita ralação e horas extras dos boçais protegidos dela. Não conseguimos bater a meta mínima de caixas para o ponto de equilíbrio da empresa. Ficamos no mínimo do mínimo e por uma caixa a empresa não tomou uma multa. O ponto de equilíbrio era 1,7x, só fizemos 1x, abaixo disso a empresa ainda toma no toba por não cumprir o mínimo do contrato.

Então lá veio o Zé bunda realizar mais uma reunião falando que o contrato estava acabando e que ele estava pensando com os outros diretores da empresa a não possibilidade de renovação. Pois dependia de vários outros fatores externos e que se continuasse assim seria inviável a continuação do contrato por mais um ano. Pois desde que começaram só tinham tomado prejuízos e só tinham dois meses em que conseguimos bater a meta e ficar acima um pouco do ponto de equilíbrio (por incrível que pareça, foi exatamente os dois únicos meses que vieram as caixas “difíceis” [ditas pela chepatona] e que ainda ficou faltando caixas, pois a contratante não dava conta de entregar). Agora o ponto de equilíbrio passou a ser 1,5x caixas, de 1,7x para 1,5x é muita coisa. Nem sustentar uma mentira eles conseguem.

Enfim, ele finalizou como sempre pedindo para todo mundo dar o melhor de si e que o desejo dele era renovar e manter o emprego de todo mundo.
Nisso meu coração ficou radiante, estava pela primeira vez na minha vida tudo dando certo. Eu não precisaria pedir demissão para sair desse inferno mesmo não tendo nada em vista eu poderia descansar minha mente.

Então eu tive uma grata surpresa.

Minha sorte mudou, recebi um WhatsApp de um amigo meu lá da outra empresa em que eu não fazia nada, me convidando para voltar a tirar férias do mesmo candango que eu tinha tirado ano passado. O pessoal tinha gostado de mim e pediu para eu voltar (networking é tudo). Ainda puxei um pouco de saco e mesmo que não tenha continuidade ele verá o que poderá fazer para me encaixar em alguma outra vaga não temporária.

Então para mim, já estava tudo certo, eu seria mandado embora e teria ainda alguns meses de descanso antes de voltar para o outro.

Na semana seguinte a chepatona resolve fazer outra reunião, dizendo que o Zé Bunda ainda não tinha assinado a renovação. Estava pensando na possibilidade de não renovação, mas que o desejo dele e dela era a de continuar. Nisso a Sapata Gorda, a barraqueira, o Lek Vi, a sapata louca, o emasculado, a sapata bostanejo hindu, ficam claramente desesperados. Eles são tão chimpas incompetentes que acham que só dependem dessas migalhas para sobreviver.  Em meu âmago eu ficava tão alegre que esse inferno estava acabando que eu tinha que fingir estar leso e só repetir o que eles estavam falando para não demonstrar minha felicidade. A Sapata Gorda claramente afetada começa um discursinho de perdedora: -Temos que mostrar que somos capazes, temos que demonstrar que conseguimos bater essas metas e  precisaríamos dar mais gás e etc.
A data limite do dia para o Zé Bunda assinar a renovação estava chegando. E que ele daria a resposta dali a dois dias.

Terminamos a reunião com a Chefa perguntando se para cada um se queria mudar de núcleo. Com certeza eu pedi para ir para outro, então nos primeiros dias eu continuei do lado da barraqueira, mas logo depois eu fui para outra baia. Aleluia irmão!!!

Nervos a flor da pele - pelo menos só para os inúteis - chega o tão esperado dia, passasse o dia com aquele ar de suspense e nada. No dia seguinte aparece o Zé Bunda falando que o contrato não foi assinado (eu por dentro: UHUU!! Até que enfim porra!!!), mas que ele conseguiu negociar um aditivo menos pior para empresa por mais três meses (ahhhhhhh😧) e que ele ainda teria até o dia 15 para pensar em assinar esse aditivo para aí renovar por mais 1 ano. (Porra quando é que vão falar a verdade nessa merda?)

Então ele disse que fariam nossos avisos prévios para caso não renovassem e que caso o desenrolar da história desse o contrário (bom para eles ruim para mim), rasgaríamos nossos avisos e voltaríamos felizes com pelo menos mais 3 meses com o emprego garantido.

No dia seguinte a chefa convoca mais uma reunião. Dessa vez ela mesma diz, NÃO DÁ! Ela mesma já estava cansada dessa merda. Todo mês é a mesma coisa, na metade dele não chega o mínimo para se bater a meta e começa a correria para fazer horas extras, não ir ao banheiro e etc.

Seus coleguinhas ficam desesperados, principalmente o Lek Vi que dessa vez dá um passo a frente e fala, pode contar comigo! Eu me comprometo! As outras pessoas também tem que se comprometer.

A grande verdade é que ele é mais um publicitário incompetente, sem networking para jobs, mas que para arranjar machos para suas orgias ele consegue aos montes (ele ainda tem orgulho de dizer como foi com o emasculado, é um cheira cu um do outro do caralho). O seu maior desespero é não poder continuar pagando sua uniesquina e tomar um pé na bunda de seu macho que ele diz para todo mundo ser seu irmão.

Eu, a conserva e a iludida fofoqueira saímos dessa reunião renovados. Era isso que queríamos. A conserva para se dedicar a seu plano de alongamento de cílios e a iludida para arranjar um estágio.

No dia 1º chega nosso chefinho com nossos avisos para assinar, quase todo mundo com cara de tristeza, todo mundo assina e antes de voltar para nossos postos a Sapata Gorda manda para a iludida em tom de brincadeira: Você já podia pegar o seu exame periódico e trocar pelo demissional, hahahaha.
Ela só leva na brincadeira, mas se fosse outra pessoa com certeza iria mandar uma resposta mal criada para ela.

Com tudo certo e encaminhado para minha demissão me transformo. De uma pessoa sem perspectivas, estressada e sem um horizonte do que fazer (pedir demissão ou não) obtive essa maravilhosa notícia.

A certeza de demissão era tão certa que eu observava o semblante depressivo em minhas chefas. A chepatona já estava até procurando emprego, eu só não pulava de alegria para não dar na cara de meus coleguinhas idiotas.

Dilma tensa
Fudeuuu.....

Estava tudo lindo, maravilhoso e certo.......até que..........

A chefa e a Sapata Gorda saiu espalhando pra tudo mundo que já tinha sido renovado. Eu fiquei sem reação ao escutar isso, mas ao mesmo tempo eu tinha quase certeza que era blefe, como tudo que sai da boca delas.

Obs.: Mitomania é um problema mental.

Então chega nosso chefe antes do prazo, especificamente ontem, para nos avisar que a empresa vai renovar e que está tudo certo para isso!

PUTA QUE PARIU MEU MUNDO CAIU!!!

Dilma feliz
Eu ia, fui, mas não vou mais, seu trouxas!

Ainda não assinaram, mas ele está dando como certo. Amanhã ele irá comprar pizzas para comemorarmos essa "boa notícia" e rasgaremos nossos avisos.

O filho da puta não quer largar o osso mesmo! Se a contratada não fosse lerda pra caralho (funcionário publico é um parasita mesmo) e não precisasse desse serviço com urgência deveriam ter partido para uma nova licitação e chutava logo a bunda dessa empresa fundo de quintal. Mas não, fizeram um aditivo de 3 meses para eles terem tempo suficiente para fazer uma nova licitação enquanto o lixo de empresa que estou terá que aguentar aos trancos e barrancos.

E aí o que faço meu deus!!!!!!!????
Preciso de me livrar desse emprego para voltar para a outra empresa. Não aguento mais trabalhar nesse lugar onde a mentira e a falsidade impera!

Por favor, me dê uma sugestão de como eu posso aproveitar esse aviso, pedir minha demissão sem perder nem um centavo a mais do que eu já perdi só por ter entrado nela.

POR FAVOR!!!

Update: 08/09/2016
A Sapata gorda folgou hoje, a chefa chegou depois das três e o Zé Bunda nem apareceu.

Como a filha da puta da minha chefa não chegou antes do almoço, meu plano de falar com ela durante esse horário foi por água abaixo. Este seria o único momento que não há um único chimpa fofoqueiro por perto com a orelha em pé escutando o que eu teria para conversar.

Fui designado para para outro setor (de novo) estou fazendo caixas do bota fora. Isso já é um sinal da mudança prevista ou de sermos mandados embora. No final do dia a ex-estagiária me informou que não foi renovado o contrato, mas só pela ameaça de renovarem, meu corpo já dá sinais de não aceitação da realidade.

De qualquer forma, por favor, me ajude a pedir para meter o pé desse inferno.

Continuação: Meu novo Trabalho de merda - Adendo 3