Seguidores

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Quem é O Pobre Sofredor

Bem este o primeiro post do blog, nada mais comum do que se apresentar, que na verdade é o meu eu lírico, o Pobre Sofredor. Comecei esse blog com o intuito de conversar com pessoas com interesses parecidos e ler discutir suas opiniões. Diferente de outros blogueiros de finanças por aí, nasci em uma família pobre em uma favela a beira de um córrego na Barra da Tijuca no tempo que só existia mangues e mato, a pobreza era tanta que não tínhamos dinheiro para comprar fraldas descartáveis, então minha mãe sempre tinha que lavar minhas fraldas de pano, para piorar meus pais são praticamente analfabetos e o patrimônio que conseguimos só foi pelo meu tino nos negócios, se eu não me metesse no meio para fazer uma análise do negócio se é ruim ou não, o máximo que teríamos seria um barraco no morro.

A muquiranagem familiar provavelmente deve ter vindo algum antepassado judeu na família de meu pai, porque todos os familiares por parte dele acha que pode ficar rico apenas sendo mão de vaca (antes que me chamem de racista, te digo o seguinte, vivi com judeus durante 14 anos e sim, eles são tudo o que as piadas afirmam), um de meus tios apesar de ter morado mal, viveu fazendo obras, aparentemente juntando rios de dinheiros e quando morreu, o valor que deixou no banco não comprava nem um populixo seminovo. Morreu, não aproveitou a vida levou nada para o caixão.

Binha dinheirinha

Minha formação, eu mesmo que banquei, fiz administração, pois era o único curso que podia pagar, qualquer engenharia ficaria impossível mesmo em uma uniesquina com salário de vendedor de loja, meu ensino de base foi todo no público, um lixo, minhas notas só serviriam para universidades publicas, em cursos como assistência social, filosofia, música ou qualquer outro curso que não dá dinheiro e sobram vagas. Não recomendo administração pra ninguém (salvo exceções), posteriormente farei um post falando sobre isso. O desespero para sair da escravidão de shopping era tão grande que comecei a faculdade desempregado com um dinheiro que tinha guardado o suficiente para o primeiro semestre.

De lá pra cá minha vida melhorou um pouco, mas não quer dizer que está as mil maravilhas já que atualmente estou desempregado, tudo porque no ultimo trabalho a sacanagem por parte dos empregadores era tão grande que eu tive que pedir demissão. Melhor desempregado e livre, vivendo de bicos do que escravo ganhando um salário que não tem o reconhecimento necessário, não vale o esforço físico/mental e acaba com a saúde. Trabalho você encontra em toda esquina, o difícil é arranjar um emprego.

Atualmente moro no pior estado do Brasil, o Rio do bostileiro que só não é pior que o RS por causa dos turistas que trazem dinheiro e não deixam isso aqui quebrar. Aqui não se produz nada e a grande maioria dos empregos são de prestação de serviços em terceirizadas.

Bem é isso aí, histórias dramáticas não irão faltar.

9 comentários:

  1. Bacana ver a primeira postagem do blog.

    Como já disse, cheguei aqui através do blog do Pobretão. Apesar de ser dito lá que todos que escrevem nesses blogs, especialmente no Vida Ruim de Pobre, são betas virgens e fracassados, acho que saio um pouco (risos) desse estereótipo padrão. Conheci o blog do Pobreta através de um amigo que milita na causa da muquiranagem há muito tempo e sempre está descolando umas coisas bizarras na Internet e me mandou um dia um link para uma matéria do Vida Ruim de Pobre sobre os tipo de mulheres com os quais não se deveria manter um relacionamento. Ato contínuo, concordei com a postagem e respondi ao amigo, e passe a acompanhar o blog do Pobretão. No início achava que ele (Pobretão) era um personagem criado, pois, era tanta desgraça na vida do rapaz, que não acreditava que pudesse ser daquele jeito. Com o tempo, comecei a acreditar mais, ainda mais porque fui lendo as postagens antigas e vendo o tipo de vida desgraçada que ele levava e vinha vendo (algumas) similaridades com os perregues que tinha enfrentado na minha própria jornada.

    Como o amigo, também sou do Rio de Bosteiro (a imagem macacóide do Brasil. Já trabalhei e trabalho com muitos estrangeiros da Europa, principalmente, e é incrível como, depois que você conquista a confiança deles, eles mesmo param de repetir aquele mantra politicamente correto de que o Brasil é um maravilha e coisa e tal, e falam na cara dura como essa pocilga não tem merda nenhuma que preste e que o bostileiro é uma das raças mais tansas do mundo!), mas, tive a sorte de nascer em um lar um tanto mais afortunado, pois meus pais são imigrantes, de família de europeus que vieram para cá para fazer comércio, e então, tive um contato um pouco mais profundo com algo próximo ao sucesso e aprendi a condenar o macaquismo bostileiro baseado no jeitinho e na esculhambação desde cedo.

    Sou engenheiro de formação, e, em que pese ser razoavelmente bem sucedido no que faço, creio que não obtive nem 50% do retorno que deveria ter tido pelo que investi na minha formação, mas, foda-se, em termos de Bostil, seria esperar muito que aqui nessa merda alguém conseguisse colher realmente o que plantou.

    (CONTINUA)...

    ResponderExcluir
  2. ...(CONTNUANDO - ultrapassou o número de caracteres):

    Bacana saber que sua formação é Administração. Infelizmente, acredito que o curso seja somente saturado em termos de número pelo curso de Direito, no qual já vi verdadeira ANTAS que nem sabem escrever (e muitas vezes sequer FALAR) conseguir se formar. Não que essas peças consigam passar na prova da OAB, mas ficam sonhando em passar em algum concurso público... Enfim, queria dizer que não concordo muito com a sua opinião (assim como a da maioria dos que comentam lá no Pobreta) que Administração seja tão ruim. Realmente, quando estava na graduação, 90% dos caras que abandonavam o curso de Engenharia, especialmente nos primeiros períodos, pois é onde a porca torce o rabo, de tanto conteúdo pesado em matérias da matemática e da física, abandonavam para fazer Administração. Todavia, creio que o fato de cursos como Administração e Direito serem o fracasso que são é porque eles ainda carregam o estigma de "curso de classe média e que vai dar para ficar rico e sendo 'doutor'" e que levam, por conseguinte, a massa das pessoas que são totalmente ineptas e despreparadas para matemática - ou seja, curso que tem muita "leitura" e não tem matemática, atrai muita gente. Todavia, tenho um exemplo na minha própria família, de alguém que é da área: o marido da minha prima é formado em Administração e ele a conheceu quando ambos estudavam na UFRJ, ele fazia Administração e ela Ciências Atuárias. Ele sempre foi um cara bem inteligente e sempre estava na ponta dos cascos, diferente dos caras que estudavam com ele, que sempre vi como gente que empurrava o curso com a barriga. Ele se formou na mesma época mais ou menos que eu, emendou um Mestrado em Engenharia de Produção na UFF (com uma bolsa sanduíche no Canadá - inclusive o orientador dele me deu aula de algumas matérias que fiz na Produção como optativas) e depois fez um MBA no IBMEC, antes dessa porra de MBA virar curso por correspondência como é hoje. Cara, ele depois conseguiu uma vaga na Nestlé, onde chegou a gerente e chegou a trazer um projeto da empresa (que já tinha sido implantado no México e na Venezuela) e ser o implantador desse projeto aqui no Brasil, inclusive minha irmã foi uma das franquedas desse projeto aqui no RJ e chegou a ganhar um prêmio da própria Nestlé naquela fase de expansão do projeto. Depois ele passou por várias outras empresas, sempre de grande porte, hoje, mais de 10 anos depois, ele nem assume mais cargos (nos últimos trampos dele, ele já chagava nas empresas para ser ou diretor ou superintendente), ele já chega na empresa como sócio-proprietário. Claro que aí não são empresas multinacionais como a Nestlé, são empresas de porte menor, mas, de médio porte. E é melhor ser "dono" que ser, ainda que bem pago, ser um executivo. Pelo menos eu enxergo assim. Acho que se a maioria das pessoas não fossem TÃO medíocres, acho que poderia haver mais pessoas formadas em administração como esse meu "primo" emprestado. Mas, vai entender, né? Cada um é cada um.

    Bom, de qualquer forma, bem legal sabe dessas histórias. Vou continuar acompanhando o blog, as histórias são bacanas.

    Um forte abraço!

    Fernão Capelo Gaivota

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Essa praga de politicamente correto que está acabando com o mundo, tenho certeza que os europeus estão odiando esta invasão muçulmana em massa, assim como odiamos os mendigos argentinos que vieram morar na praça XII e apoteose durante a copa. O governo e a mídia enaltecem, apoiam com a nossa grana, bancam a integração dando "empregos" e abrigos para quem quer ficar. Os que resolvem voltar ainda recebem ajuda de custo. O povo assiste revoltado, seu dinheiro suado indo para o ralo e não faz nada. Suas garras e dentes foram arrancados pelo ultimo governo populista.
      E como ninguém quer ser taxado como algo negativo, encenam o papel do politicamente correto.

      Quem nasce em uma família com o mínimo de estrutura financeira já sai na frente de muitos chimpas. E do jeito que você descreveu sua trajetória, o bonobo aqui já ficou com inveja branca. Quem me dera ter tido algum tipo de experiência como a sua, minha vida sempre são duas derrotas para uma vitória.

      Quando meus pais resolveram botar o sofredor aqui no mundo (sim fui planejado). Moravam na favela com um córrego atrás do barraco. O valão enchia e a casa também. Logo, como qualquer nordestino que se preze, meu pai se esforçou para conseguir uma portaria com moradia. Conseguiu, mas continuamos em uma vida frugal graças a minha mãe pé no chão. Fraldas só de pano, iogurte? Só quando a sindica sentia pena. Brinquedos? Quando algum morador dava. Quem não sente pena de crianças desamparadas?
      Por ser besta, meu pai quase foi apagado por parte da parentada na favela. (se você deixa algo lá e não tiver alguém para tomar conta eles tomam mesmo) tivemos que voltar para o nordeste. Fiquei por 8 meses lá antes de ele arranjar outra portaria com moradia (It's Free!!) voltamos pro rio, entrei numa escola publica lixo, onde só o mais favelado sobrevive (hunger games é fichinha), a professora engravidou, foi tirar licença e não tinha ninguém para ficar no lugar. Minha mãe pediu transferência para outra menos xexelenta e daí a vida foi seguindo. Eu e meu irmão fazendo bicos, pois menor "não deve trabalhar" e juntando uma grana para a posteridade.

      Platão já tinha a ideia que poucos homens são melhores que outros, e esses homens, carregam a humanidade nas costas.
      A mediocridade tomou o curso de administração, pois o transformaram em um curso pós-ensino-médio para quem não sabe o que fazer. Coisa completamente diferente do que o curso se propunha inicialmente. De gerenciar pessoas e recursos virou: Seja o Líder de equipe e se torne idolatrado por seus subordinados, já que finanças, estatística, custos de produção e todo o resto da matemática, deixaram para os primeiros períodos com pouca importância. É só negociação e etc. Resumindo... Fabricar um falastrão que sabe um pouco de tudo, mas não é especialista em nada.
      Você não sabe a burrada que esses seus amigos fizeram, poderiam aguentar os cálculos e partir para engenharia de produção. Pelo menos iriam ter uma proteção do CREA.

      Os dois fatores que decisivos na vida do marido sua minha prima foram:
      1º Ter feito uma federal.
      2º Ser inteligente.

      Diferente do Pobretão, eu acho que mesmo sendo em cursos saturados (não os ruins, tipo música, biologia, geografia, historia, letras e etc.) o fato de se graduar em uma federal já muda completamente a percepção do currículo de um candidato.
      A minha sorte é que fui sagaz na escolha da uniesquina que cursei, o seu nome parece ser de uma estadual. Prova disso é que quando me perguntam sobre a faculdade, soltam sempre a mesma pergunta: É privada ou publica? Na ultima entrevista que fiz e que estou aguardando a resposta, eu era o único formado em uma particular.

      Continua...

      Excluir
    2. Ser inteligente e o segundo ponto chave, do que adianta se graduar empurrando com a barriga em uma federal? Vai ser apenas mais uma pessoa medíocre em que seu ápice é conseguir um cargo de chefia, por ter puxado muito saco, ser filho do chefe e/ou por trocas de favores. No mais imprestável dos casos, vira um funcionário publico frustrado, pouco se lixando para as atribuições do cargo da prova que prestou, faz greve todo ano, mesmo sem trabalhar, porque o seu aumento ainda não saiu e se acha que no direito de ter aposentadoria integral, pois se acha especialmente diferente de todos os outros seres do bananal.
      E do que adianta ser inteligente, se o meio que o cerca, não surge oportunidades para uma vida fora da mediocridade.
      Nas privadas a maioria é só a ralé da ralé, se apoiando uns nos outros, quando a nota do mais inteligente não alcança 6 (porque todos os outros chimpas não sabem colar direito) lá vai o professor encher de pontos os alunos para seu coeficiente de ensino não cair.

      IBMEC e FGV estão virando as novas Estácio de Sá das pós-graduações (cuidado que ainda pode virar uma Anhanguera).
      Fui assistir a umas palestras sobre os cursos de mestrado profissional e doutorado, me decepcionei, matérias copiadas da internet, os cursos presenciais disponíveis em tudo quanto esquina e tem até cursos semipresenciais, por um custo mais do que abusivo.

      Como na banânia o que vale é o papel, estou esperando minha vida se estabilizar um pouco para fazer na UFRJ, o ensino é terceirizado, semipresencial, mas custo é baixo (todos relacionados ao curso de Administração são pagos).
      O melhor de tudo: O papel vem com o selo UFRJ de qualidade.

      Na pior das hipóteses viro um professor medíocre descontando as frustrações nos playbas e se aproveitando da gostosas por notas.
      É a programação bananistica que me obriga a fechar o ciclo. hehehe

      Excluir
    3. Cara, sobre esse negócio dos refugiados na Europa, eu tenho uma opinião meio “politicamente incorreta”: veja, essa pessoal que está fugindo da África e do Oriente Médio, tem muita gente que está fugindo da guerra, e coisa e tal, mas, os caras (os refugiados) são bem espertinhos: não sei se você lembra, de uns 2 meses atrás, quando essa notícia deu pesado nos jornais e televisão, mostrando o pessoal que tinha chegado a pé na Europa e outros que vinham pelo Mediterrâneo, chegando nas praias da Grécia e da Itália. Vejamos os que chegaram a pé: esse pessoal chegou à Hungria e NÃO queria fica na Hungria. O que eles queriam (e ainda querem, todos eles)? Ir para os países RICOS (e deixaram isso BEM CLARO), ir para Alemanha, Áustria, França, Suécia e Inglaterra, principalmente. O primeiro-ministro húngaro foi duramente criticado porque bateu a REAL violenta: “esses refugiados já não estão na zona de guerra, ou seja, saíram da zona de guerra, já não são mais refugiados. Mas eles não querem ficar na Hungria, Eslováquia, Croácia, etc, eles querem ir para a Alemanha. Não permitam que eles o façam, porque isso servirá de estímulo para todos os outros que estão pensando em vir para a Europa e haverá uma hora em que, mesmo a economia desses países, NÃO mais suportará esse inchaço artificial”. Pois bem. O cara foi criticado pra cacete, foi chamado de racista, e todo esse blá-blá-blá politicamente correto. Mas o que esse pessoal quer mesmo, NÃO é fugir da guerra, miséria e toda aquela merda dos lugares de onde eles migram, mas sim, eles querem se aproveitar do wellfare state tranquilo que há nesses países (tenho uma amiga que mora na Alemanha e ela fala que é muita esculhambação. Não pense você que só tem esperto no Brasil, com esse lance de Bolsa Família. A irmã do marido dela é casada com um indiano (Índia = Bostil piorado, se é que existe isso!) que ficou, preste bem atenção, 10 anos, 10 ANOS ilegal na Alemanha. Só depois de ele ter 4 filhos (isso mesmo, 4 filhos!) com a cunhada dessa minha amiga, ele regularizou a situação, até porque há uma bolsa de 894 euros por filho (mais todo o material escolar) para o casal que tem a porra dos filhos para criar os pentelhos) e comer louras de cu rosa e lábios aveludados (eh eh eh, apesar que isso eu também ia querer!), e não somente fugir da merda da guerra. Se quisessem somente um lugar em PAZ para recomeçar a vida, a Hungria, Polônia, Eslováquia, Croácia ou Eslovênia serviriam (não pense que a vida é ruim nesses países que nem no Brasil. Pode não ter o tamanho da economia da França ou da Alemanha e seus respectivos programas sociais, mas, por exemplo, veja a Croácia e a Eslovênia: países que foram COMUNISTAS (ou seja, arrasados economicamente) durante 50 anos e depois entraram numa guerra maldita, isso há apenas 20 anos (1995)... e hoje possuem PIB per capita, que é o que REALMENTE interessa, o dobro do Bostil. Da mesma forma que Polônia, Estônia, Lituânia e Letônia, que foram países comunistas fodidos também, e foram os países que mais cresceram desde a queda do Muro de Berlim, veja as taxas de crescimento desse países no site da Heritage Foundation, até para conseguir a cidadania na Estônia é complicado, pois a tributação é bem baixa e atrai muitos outros europeus cansados da taxação excessiva feita nesses outros países, como Holanda, França ou Bélgica, que ficam com esse wellfare state gigante para imigrante... que a primeira coisa que faz, quando chega na Alemanha, ao se matricular nos cursos de língua alemã que o governo alemão dá gratuitamente, a primeira coisa que aprende a falar, em alemão, é: “Como faço para requerer o Hartz IV?” (Hartz IV é um “bolsa tudo” lá na Alemanha que o cara ganha só por ser imigrante...).

      (CONTNUA)

      Excluir
    4. Cara, muito sinistra essa sua história sobre seus pais, vida na favela, voltar para o Nordeste, e tudo o mais. Lamento por você cara, é uma merda mesmo esse tipo de coisa. Mas, de mais a mais, ainda bem que vocês vieram para o RJ, imagino que a situação lá no Nordeste deveria ser muito pior, especialmente anos atrás.
      Amigo, realmente a Administração, tal qual o Direito, virou uma espécie de curso “pós-ensino médio”. Especialmente para aqueles que não sabem o que fazer, não possuem interesse por nada em específico e, infelizmente, não têm lá tantas habilidades matemáticas – mas não tão ruim como o Direito, pois, se o cara não for totalmente retardado, sabe que vai ter que estudar alguma coisa de cálculo e estatística na Administração. Como você comentou, o intuito do curso foi totalmente desvirtuado, que era gerenciar recursos, sejam materiais, sejam humanos, para se tornar um “curso de como se tornar um falastrão extrovertido 171”. Lamentável mesmo.
      Cara, tanto minha prima, quanto o marido dela, são muito inteligentes, cascudos mesmo. A minha prima, para você ver, depois que acabou o curso dela, o tal de Ciências Atuárias (que eu nem sabia que existia essa porra – risos), foi fazer um Mestrado profissional na COPPEAD/UFRJ (acho que você sabe que a COPPEAD é tipo a COPPE só que para a área de administração, negócio e finanças, não?). A seleção para entrar na época era sinistra, inclusive tinha uma prova sinistra da ANPAD (acho que era isso) que servia para uma das seletivas. E ela mesmo me confidenciou: porra, das 40 vagas, 28 eram engenheiros na turma que entrou. Sinistro. Mas discordo de você sobre a suposta “proteção” do CREA. O CREA, no final das contas, só me serviu até hoje para me roubar uma grana no início do ano. Esse anos foram 430 paus para aqueles inúteis. Nunca vi o CREA ir lutar por quando eu era enrabado no primeiro trampo que peguei: fui contratado como engenheiro “trainee” (subterfúgio para não pagar o salário mínimo profissional), mas eu fazia TUDO (e mais um pouco) que um engenheiro júnior fazia. Mesma coisa as merdas de cargos de “analista”. Todo mundo, TODO mundo sabe que analista faz trabalho de engenheiro. Mas todo mundo sabe que as empresas contratam sob esse nome bonito para não pagar o salário corretamente. Mesmo no meu atual trabalho, que é num órgão federal, só fui ganhar o salário mínimo profissional depois que houve uma adequação dos planos de cargos e salário. Nem a merda do SENGE muito menos o CREA fizeram nada. Nada. Só fui ter reajuste e reenquadramento mesmo porque trabalho pro governo, se fosse na valorosa iniciativa privada, estaria como “analista” até hoje. Não que eu defenda políticas de salário mínimo. Sei economia o suficiente para saber que esse negócio de “minimum wage” a primeira coisa que faz é colocar quem produz menos riqueza que aquela estipulada por um decreto estatal-governamental, no desemprego. O que eu vejo é que, os engenheiros acabam ganhando mais que economistas, administradores, contadores e outros, quando vão avançando na carreira, é porque possuem uma formação bem pesada, especialmente na área matemática, e isso dá aos engenheiros uma vantagem competitiva muito grande. Quer um exemplo? Quando eu estava fazendo Mestrado lá no Fundão, tinha um colega que estava no mesmo programa que eu, e era engenheiro eletrônico, formado pela USP, e estava morando no RJ porque estava fazendo Mestrado lá no Fundão. Sabe onde o cara conseguiu um trampo? Num puta banco de investimentos, na área de análise de risco e modelagem matemática. Nada a ver com a formação da graduação dele, ainda menos com o que estava estudando no Mestrado. Mas o cara tinha essa forte formação matemática. Acho que até abandonou o Mestrado... também, para ganhar mais de 10 vezes o que pagava a bolsa mequetrefe do CNPq... eh eh eh...

      (CONTNUA)

      Excluir
    5. Mas numa coisa eu concordo como você: o cara, o marido da minha prima, haver estudado numa federal é um puta diferencial. Eu mesmo sinto isso. Cara, eu sempre, sempre fui muito CDF. Sempre estudei muito. Quando eu fiz o vestibular, depois que acabei CEFET-RJ, eu estudei que nem um cachorro, foi (bem, havia sido até aquela época...) o pior ano da minha vida. Mas, valeu a pena. Passei para UFRJ, UFF, UFRRJ, CEFET, EFOMM, primeira fase da Escola Naval e na Unicamp. Fiz Escola Naval e EFOMM porque meu pai encheu a porra do saco para fazer essas merdas, ele ainda acredita nessa bobagem de “funcionalismo público”... eu, como sempre tive minhas ressalvas, não gosto, ainda mais essa merda de militarismo. Quem gosta de militarismo é porque gosta de seguir ordens retardadas dadas por retardados que são, em sua maioria, menos inteligentes que você. Mas, como eles são “mais antigos”, sempre vão manda em você. E eu acho isso estúpido. Mas, como ia dizendo... estudar numa federal, ao menos em exatas, você estuda, estuda, estuda pra cacete. Por vários motivos. Mesmo tendo as merdas de greve, ainda assim, você tem que estudar pacas. Como os professores são funcionários públicos, eles podem arrancar o couro da turma, que não vai ter ninguém pedindo a cabeça deles na reitoria. Aliás, podem até pedir, mas vai dar em nada. Outra que você estudar numa federal, você acaba tendo que virar autodidata. Quando um professor dá uma merda de aula, você acaba tendo que comer os livros sozinho. Quando é numa matéria tipo física ou cálculo, dá pra assistir aula em outras turmas e pegar outras metodologias de outros professores. Mas, e quando é uma Resistência dos Materiais? Uma Mecânica dos Fluidos? Que só tem aquela turma, e muitas vezes são 7, 8, no máximo 10 alunos numa turma? O lance é cair dentro...Fora que você faz coisas que os caras das privadas (ao menos as uniesquinas de engenharia aqui do RJ) nunca, NUNCA vão ver nem em sonhos... eu fiz bolsa de Iniciação Científica, bolsa de Iniciação Tecnológica-Industrial, fui monitor de duas matérias diferentes e ainda participei outros projetos muito legais na universidade... aprendi coisas que nem se aprende na graduação (fui até fazer matérias no Mestrado para entender coisas que fiz nesses projetos), uns lances que até me ajudaram nos meus primeiros contatos com empregos. E uma história interessante: cara, na UFRJ e na UFF, que foi onde estudei, você entra, vagabundo não quer nem saber se você sabe ou não sabe. Tá pesado? Vaza. Tem uma lista enorme pro pessoal da desistência. Primeiro período é Cálculo Integral e Diferencial, Álgebra Linear, Geometria Analítica, Cálculo Vetorial... tudo no primeiro período. Foda mesmo. Lembro-me que estudei que nem um cachorro e tomei pau em Cálculo. Passei em Física e quase todas as outras e graças aos pré-requisitos, não podia fazer praticamente quase nenhuma matéria no segundo período, pois para fazer Física 2, tinha que ter passado em Cálculo 1, Física 1 e Geometria Analítica. Não podia Fazer Cálculo 2 porque não tinha passado em Cálculo 1. E por aí ia. Ou foi, sei lá. Bom, a história: um amigo meu, da faculdade, se formou uns 3, 4 períodos antes de mim, e, pra variar, tava muito, muito ruim de arranjar trampo... então, ele foi fazer Mestrado na COPPE/UFRJ. Lá pelas tantas, foram bater para ele que tava rolando vaga de professor na Estácio (eh eh eh). El pensou em declinar, afinal, ele nem era mestre ainda, estava começando o mestrado. Mas que nada. A Estácio só precisava que ele estivesse matriculado no Mestrado para fazer o número para a vistoria do MEC. Assim, ele foi dar aula pro primeiro período de engenharia. Quando perguntei a ele o que ele estava dando, sobre técnicas de integração, E.D.O., e mais do mesmo, o cara deu uma risada estrondosa. Disse-me: “Fulano, eu dou aula de Matemática 1”. E eu perguntei: “Que porra é essa?”. E ele: “Cara, eu ensino funções e algarismos significativos...”. FUNÇÕES??? Porra, isso é matéria de vestibular, que é dado no primeiro ano do 2º grau!!! Porra, para você ver o nível...

      (CONTNUA)

      Excluir
    6. Espero que esse lance da sua última entrevista dê certo cara. Estou na torcida.
      Cara, realmente, empurrar com a barriga é foda. Tenho um parceiro que tentava fazer isso na faculdade. É muito difícil fazer isso na engenharia. Mas, o cara se esforçava... e olha que o cara é filho de um cara que é dono, disse dono, de uma fábrica de bombas e válvulas famosa, que tem até unidade fabril no EUA e fornece equipamentos para Petrobras, Eletrobrás e várias obras que o governo faz, tipo Belo Monte, Jirau, plataformas de petróleo, e outras. Lamentável. E o pior é que o cara hoje NÃO trabalha na empresa do pai. Adivinha? O sócio do pai sempre soube que o filho era um boa vida...
      Sobre os “funças”, é foda mesmo. Esse pessoal se acham os novos “nobres”, acham que estão num patamar superior aos dos outros. E se for do Judiciário então... caralho, TODOS, digo, TODOS os caras que conheço dessa merda acham que cagam cheiroso...
      Cara, eu imagino o que esses caras que dão aula em uniesquina não têm que fazer para “encontrar” ponto para esses “alunos”... E a minha própria prima já me disse que mesmo FGV e IBMEC estão virando uniesquina. Cara, e o pior é que, lá em meados da década de 1990, quando eu estava na graduação, MBA era uma coisa caríssima, muito provavelmente, quem pagava era a própria empresa, mesmo porque, quase ninguém tinha dinheiro para fazer isso e os empregadores viam como um investimento ter um cara com MBA. Fazer MBA era para o cara ficar rico, virar CEO... hoje até analfabeto faz MBA de 15 em 15 dias ou por correspondência...


      Cara, como você falou: aqui nessa latrina o que vale é a porra do papel mesmo. Mas você me parece bem inteligente e consciente, diferente dos chimpanzés macacóides bostileiros que nos cercam. E se tiver que virar professor, arrebente os cornos dos playboys escrotos e coma o cu das louras de cu rosa e faça muito anal giratório e gozo facial. Eh eh eh!
      Caralho, escrevi pra cacete.
      Mas, fico nessa.
      Vou acompanhando o blog.
      Forte abraço!

      Fernão Capelo Gaivota

      Excluir
  3. Normal, também faço isso quando encontro um blog que gosto.

    Volte sempre!!!

    ResponderExcluir

1. O pensamento é livre, não modero os comentários.
2. Você é o único responsável pelo que digita.
3. Propagandas ou spam serão excluídos sumariamente.

Obrigado pelo seu comentário e volte sempre!